
Nem nos melhores roteiros do torcedor do Juventude estava a oportunidade de fazer seis pontos em dois jogos disputados no começo Gauchão. As dificuldades na montagem do elenco e até de ter um time em condições de estrear foram superadas com a vitória sobre o Pelotas no último domingo. Agora, a meta é manter os 100% e reencontrar a torcida alviverde com condições reais de vitória. O adversário é o São José-PoA, na noite desta quarta-feira (23), às 20h30min, no Alfredo Jaconi.
Se voltar ao passado, mais precisamente em 2018, é a chance de o Ju vencer duas consecutivas pela primeira vez com Luiz Carlos Winck no comando. O motivo para acreditar está justamente na mudança de perfil da equipe.
— (Na estreia) Foi um grupo muito unido e isso fez a diferença dentro de campo. O mais importante era sustentar o resultado até o final. Isso não tínhamos o ano passado. Temos um grupo competitivo dentro de campo e com um espírito de grupo muito bom — elogiou Winck.
O treinador, no entanto, fez questão de reiterar os obstáculos que o Ju ainda tem pela frente, principalmente por seguir com um vasto cartel de desfalques, seja por lesões, chegada tardia de reforços e demora na condição legal de alguns jogadores.
— Claro que o pensamento é sempre da vitória em casa. Mas temos que avaliar que estamos no início de trabalho. Precisamos de equilíbrio e reconhecer as qualidades do adversário — ponderou.
O desafio é modificar completamente o desempenho em casa com relação à campanha do ano passado, quando venceu apenas cinco vezes em 25 jogos disputados no Alfredo Jaconi.
Time terá, no máximo, uma mudança na equipe
Enquanto não conta com algumas das principais contratações, como os centroavantes Braian Rodríguez (ainda em pré-temporada) e Paulo Sérgio (lesão na coxa) e o meia Aprile (sem condições legais), a equipe está longe do ideal. Nem por isso Winck fará mudanças drásticas. Pelo contrário, a vitória sobre o Pelotas serviu para dar confiança aos que iniciaram o Gauchão.
— Inicialmente, se tiver mudança é do meio para a frente. É cedo para alterar muito. Do meio para a frente podemos alterar algum movimento. A ideia é, se tiver mudança, é no sentido de colocar alguém que tenha qualidade para crescer — explicou o treinador.
O atacante Breno, teve seu nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) e pode ser a alteração. Para isso, o time abriria mão do 4-3-3, com três marcadores no meio, para atuar num 4-2-3-1, com uma linha ofensiva com Breno pela direita, Denner centralizado e Valentini pela esquerda. Nesta formação Bruno Camilo deixaria o time. O volante Ancheta, de boa movimentação no jogo do domingo, também é outra opção caso Winck escolha por manter a formação tática.
— A equipe suportou bem à pressão. Melhorou com a entrada do Ancheta e criou situações no último terço do campo. A ideia é sempre mexer o mínimo possível, mas mexeremos até encontrar o time ideal. Mas seria uma, no máximo duas mudanças. Para este jogo, se tiver, apenas uma mudança — confirmou o técnico, que vai para a sua nona partida como comandante do Ju no Jaconi.