O tempo é curto, mas há muito trabalho pela frente para o técnico Itamar Schulle à frente do Caxias. Para reconstruir uma campanha que parecia sólida mas se desfez com três derrotas consecutivas, o treinador terá quatro grandes missões. Confira o que se espera do novo comandante no Estádio Centenário:
Remobilizar o grupo
Fora a má fase técnica, o que se viu especialmente diante do Tupi-MG foi um time sem capacidade de reação diante da primeira adversidade. Embora toda a mobilização feita ao longo da última semana para evitar o quarto jogo sem derrota, o que restou após a partida de domingo foi o capitão Alisson afirmar ao microfone: "Não sei mais o que dizer". Cabe a Schulle desafiar os jogadores a retomar o caminho da classificação, que ficou mais distante porém ainda é alcançável com três vitórias nos últimos cinco jogos.
Estancar os vazamentos na defesa
O elogiado sistema defensivo vazado apenas cinco vezes em todo o primeiro turno não existe mais. No segundo turno, foram nove gols sofridos em apenas quatro jogos. O período coincide com a saída do zagueiro Tiago às vésperas do clássico Ca-Ju da décima rodada. Para repor sua saída, foram trazidos Bronzatti, Thales e Júlio Santos, esse último o escolhido para formar dupla titular com Léo Carioca. Porém, não apenas a zaga tem falhado, como a marcação no sistema ofensivo que caracterizou a equipe em seus melhores momentos se perdeu em algum momento da competição. Resgatar a solidez defensiva é o desafio para as últimas cinco rodadas.
Definir uma dupla de ataque
Em nenhum momento na atual temporada o Caxias teve uma dupla de ataque consolidada. É verdade que, quando a fase era boa, isso não parecia ser um problema. Quem entrava, dava conta do recado. Mas após a saída de Mailson, único titular absoluto do ataque, e do declínio de Julio Madureira, que ainda não marcou na Série C, faz-se necessário dar ao time uma nova "cara", que não mude jogo a jogo. Thiago Santana, Lucão, além do próprio Madureira, são os principais postulantes, além de Henrique, Paulo Henrique, Max Pardalzinho e Leandro Costa, que completam o elenco.
Resgatar o bom futebol de Wallacer
Jogador que o torcedor grená se habituou a ver fazer a diferença com a camisa 8, o meia Wallacer sucumbiu junto com o time. Desde o Ca-Ju, quando cruzou para Baiano marcar de cabeça, não participa de um lance de gol (até porque o time não fez mais gols desde então). Contra o Tupi-MG, partida em que teve atuação muito discreta, foi expulso nos últimos minutos em um lance confuso e é desfalque contra o Duque.
No Centenário
Com pouco tempo e muito trabalho pela frente, Itamar Schulle tem quatro grandes desafios à frente do Caxias
Comandante pegou grupo em momento de instabilidade após três derrotas consecutivas
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