Acompanhado por cerca de 5 mil pessoas na fria noite desta quinta-feira, o Ca-Ju 275 teve gols, bola na trave, grandes defesas, mas não teve vencedor. Com gols de Baiano e Macena, Caxias e Juventude empataram em 1 a 1 na noite desta quinta-feira, no Estádio Alfredo Jaconi. O time de Beto Campos, líder da Série C, arrancou ponto importante fora de casa. E o time de Picoli, que não vence há quatro jogos, pelo menos teve uma atuação que renovou a esperança de seus torcedores para a difícil sequência da temporada.
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Pressionado pela necessidade de voltar a vencer após três partidas, o Ju até esboçou uma blitz inicial em cima do Caxias, com Macena e Douglas buscando jogar às costas dos laterais. Mas antes mesmo de arrefecer o ritmo, tomou o golpe na primeira investida grená no ataque.
Uma falta mal cobrada por Ganzer resultou em escanteio. E o tiro de canto, para o Caxias, é sempre uma arma. Na cobrança de Wallacer, Baiano subiu e cabeceou firme, no alto e longe do alcance de Airton. 1 a 0 para o Caxias, sexto gol de Baiano na temporada.
Com a vantagem, o time de Beto Campos ficou ainda mais à vontade para jogar como mais gosta e mais sabe. Bem postado no campo de defesa, explorando o erro do adversário para aproveitar o contra-ataque. E mais nervoso em campo, o Ju errou aos montes.
Aos 15, Thiago Santana recebeu livre e bateu de perna esquerda. A bola desviou em Cludinho e se ofereceu para Julio Madureira, que bateu de pé direito para ótima defesa de Airton, à queima-roupa. O jovem goleiro do Ju voltou a impedir um desastre maior no primeiro tempo aos 18, quando o time grená avançou com cinco jogadores contra quatro alviverdes. Madureira abriu para Ganzer na esquerda, que inverteu para o Wallacer. O meia ajeitou e bateu forte, forçando Airton a fazer grande defesa no alto.
Fora um bom chute de Douglas de fora da área, porém por cima do gol, o Ju só foi chegar com perigo aos 38, com Diogo Oliveira. O meia levou vantagem sobre Alisson e cruzou à meia-altura. Antes que a bola chegasse em Douglas ou Macena, Jean apareceu bem para cortar para escanteio.
Para o segundo tempo, Picoli colocou o atacante Queiroz no lugar de Pereira, figura nula no primeiro tempo. E logo a 2 minutos a ousadia foi contemplada. Pelo lado esquerdo, Diogo Oliveira lançou para Adriano. Após bate e rebate na área, Raphael Macena, enfim aparecendo como o centroavante que chegou para substituir Zulu, bateu forte para empatar.
Alviverdes que pouco fizeram no primeiro tempo, como Adriano e Lucas, cresceram na segunda etapa com o ânimo renovado pelo gol de empate. E com isso, o Ju cresceu. Mais ligado e se movimentando melhor, o Ju passou a acreditar na virada. E aos 10, após cobrança de Lucas, Douglas cabeceou forte, mas pela linha de fundo.
Com o time perdendo a intensidade, Beto Campos apostou em sangue novo. Retirou Madureira para a entrada de Max Pardalzinho. Mas se é verdade que ganhou dois pulmões cheios, perdeu um jogador habituado a clássicos para colocar um novato, que sentiu o jogo. Max pouco fez, assim como Thiago Santana, que saiu para a entrada de Lucão.
Aos 26, Rafael Carioca aproveitou bobeada de Matheus, mas pecou no acabamento do lance. Com a defesa do Ju desguarnecida, tinha Wallacer livre para o passe, mas preferiu o chute, tão fraco quanto precipitado. E um minuto depois, quando finalmente teve a chance de colocar um companheiro na cara do gol, Wallacer cruzou nas mãos de Airton. Foi daqueles lances que dão a impressão de que o jogo não tem mais gols para oferecer.
E aos 31, quando Baiano errou na frente de Diogo Oliveira e o maestro colocou Macena na cara do gol, mas o centroavante bateu para defesa de Douglas, a impressão de que o 1 a 1 era o placar do Ca-Ju 275 ficou ainda mais nítida.
Ainda que Queiroz tenha tido boa boa chance da entrada da área aos 33, e aos 35 Lucas tenha batido bem do meio da rua, para defesa de Douglas, o placar não foi mais movimentado. Picoli, com Bodini, fez sua última aposta visando a vitória. Beto Campos, com Chiquinho, buscou recuperar a posse de bola para conter o ímpeto adversário.
Aos 45, Lucão recebeu de Chiquinho e fez grande jogada individual. Livrou-se de dois marcadores e soltou uma bomba de perna esquerda, no travessão. Seria a derradeira chance de haver um vencedor no clássico, mas a história parecia já ter sido escrita. Empate bom para o Caxias, atuação de dar esperança para o torcedor alviverde.
Clássico
Juventude e Caxias empatam no Estádio Alfredo Jaconi
Times se enfrentaram na noite desta quinta-feira
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