A contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de 2016 chega aos 1000 dias neste sábado. A partir de 5 de agosto de 2016, o Brasil será o primeiro país da América do Sul a sediar o maior evento esportivo do planeta. Estima-se que mais de 10,5 mil atletas de 204 países, divididos em 28 esportes, desembarquem no Rio de Janeiro. Para marcar a data, o Pioneiro publica uma entrevista com o ex-nadador e medalhista olímpico Gustavo Borges.
Ícone do esporte nacional, com grande renome no mundo todo, Gustavo Borges é dono de quatro medalhas olímpicas - duas de prata e duas de bronze - e se aposentou nos Jogos de Atenas em 2004. Atualmente faz parte da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro. Também ocupa o cargo de vice-presidente da Federação Internacional de Natação (FINA) e, no ano passado, entrou para o Hall da Fama do esporte. Portanto, ele é autoridade quando o assunto é Olimpíada.
- O Comitê Olímpico Brasileiro tem feito investimentos, mas a responsabilidade vai até certo ponto. A gente é muito acostumado no nosso país, mesmo com a questão política e social, de sempre esperar muito do governo. O governo investe, mas está investindo certo? Na base, no alto rendimento, na formação, na educação? É tanta coisa para investir que de repente tem o receio de virar um cachorro sem dono - assinala.
Aos 41 anos e com 2m3cm de altura, o paulista de Ribeirão Preto esteve em Caxias do Sul na quinta-feira, onde participou da 3ª Semana do Empreendedorismo, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego. Com a palestra Atitude de Campeão, realizada no auditório da FSG, conversou sobre sua carreira e a busca pela excelência, explorando a motivação e o trabalho em equipe, entre outros temas.
Gustavo Borges atua como empresário e se formou em economia pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Ele também visitou patrocinadores e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, onde abriu espaço na agenda para atender ao Pioneiro.
- Não temos que olhar a Olimpíada como ponto final, mas como o início do trabalho. Se termos uma oportunidade de uma Olimpíada criar uma cultura esportiva no país, é preciso trabalhar todos os alicerces para construir uma nação esportiva, porque hoje nossa nação não é esportiva. Gostamos de assistir futebol, mas só assim não basta. Tem que jogar futebol, tem que sair para caminhar, tem que se preocupar com a saúde, comer bem. O pai e a mãe precisam colocar o filho na iniciação esportiva. A escola municipal e estadual têm que fazer um trabalho que possa ser direcionado e, a partir daí, ser um grande celeiro para outro tipo de esporte - acredita Borges.
A entrevista completa pode ser conferida na página 28 do Pioneiro deste final de semana.
Entrevista
Multicampeão das piscinas, Gustavo Borges aborda panorama do Brasil a 1.000 dias das Olimpíadas
Ex-nadador, empresário, palestrante e economista passou por Caxias do Sul na quinta-feira
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