Aos nove anos, o pequeno torcedor do Caxias Eduardo Tedesco Benfica reforça o coro do #EuAcredito

Aos nove anos, Eduardo Tedesco Benfica sabe da missão épica que o Caxias tem pela frente no Mato Grosso. Apesar de precisar reverter a desvantagem diante do Luverdense para chegar à Série B, o pequeno Dudu abraça a corrente do #EuAcredito e confia na virada dentro da casa do adversário.

Nascido em 2004, Eduardo teve poucos motivos para comemorar nas arquibancadas do Centenário. Nunca acompanhou o time do coração na Segunda Divisão nacional e as únicas taças que viu serem erguidas foram a da Copa Paulo Rogério Amoretty em 2007, da Farroupilha em 2009 e da Piratini há duas temporadas. E mesmo depois de tomar uma ducha de água fria no ultimo sábado, Dudu acredita.

- Vai dar 2 a 0, com dois gols do Zambi - aposta o menino, confiante em seu jogador preferido. - Gosto dele porque ele dribla bastante e chuta - completa.

Desde o ano passado, o garoto atua aos sábados na escolinha do Caxias. Atacante, é comparado ao argentino Mariano Trípodi, pelos cabelos loiros e compridos. No rosto, exibe uma particularidade interessante. Com quatro graus de miopia, o uso do óculos é indispensável. Ele usa um modelo especial para praticar atividades físicas, semelhante ao utilizado pelo meia Edgar Davids.

- Quando o oftalmologista disse que precisava do óculos, ele saiu correndo do consultório e tive que pega-lo na recepção - lembra a mãe. - Não quis usar porque jogador de futebol não usa óculos, mas pesquisamos no Google e vimos que tem alguns que usam - acrescenta o menino.

Espalhadas pelo apartamento da família, no bairro São Pelegrino, cerca de 10 bolas evidenciam a paixão pelo esporte. Na TV, o que manda é o XBOX 360 e, claro, os games onde controla os ídolos Messi e Neymar em conjunto pelo Barcelona. No quarto, uma porção de camisetas, fotos, acessórios diversos e até o chinelo e a toalha expõem o amor pelo Caxias. Com a aura grená impregnada em toda sua vida, como Dudu vai deixar de acreditar?

- Esse guri é uma parada, é impressionante. Eu quero ver ele jogando futebol, se Deus me ajudar - torce a avó Marta, aos 76 anos.