Depois de Tinga, fala-se no Beira-Rio na possibilidade de reforçar o time com um atacante de movimentação.
Algo assim para reeditar o modelo Sóbis-Fernandão de 2006 na reta final da Libertadores após a Copa do Mundo: um jogador de mobilidade pelos lados que case com outro, mais de área.
Não que Alecsandro seja Fernandão, é claro. Falo do modelo. Repetindo: MODELO de parceria da dupla de ataque.
Contratar bons jogadores nunca é demais (Ricardo Oliveira ou o próprio Sobis, do Al Jazira de Abel Braga, seriam ótimos), mas tenho minhas dúvidas se este é o problema principal para o Inter conquistar a confiança da torcida. Não faz muito que a busca por um atacante terminou em Kléber Pereira. Então, a cautela é um dever.
Talvez fosse mais prudente fazer o time jogar de um mesmo jeito por alguns jogos. Quatro partidas seguidas, digamos.
Nem importa tanto se é 4-4-2, três zagueiros, um atacante só ou variações em torno do tema. No caso do Inter, está claro que o mais razoável é o 4-4-2 que foi vice-campeão brasileiro do ano passado, mas só o fato de manter a proposta tática já ajudaria.
Do contrário, acontece o que se vê a cada rodada do Brasileirão ou decisão no mata-mata da Libertadores: um desempenho irregular, que pode ir do bom ao ruim num piscar de olhos.
Em casa na Libertadores (Banfield e Estudiantes), 4-4-2. Fora de casa na Libertadores, 3-6-1. Em casa no Brasileirão (São Paulo), 3-5-2. Contra o Cerro, na primeira fase, em Rivera, o técnico Jorge Fossati armou um 3-4-3, com Edu aberto pela esquerda, Giuliano na direita e D'Alessandro flutuando, mais Alecsandro.
É muita mudança de esquema. Muita mudança de função dos jogadores. Assim fica quase impossível buscar entrosamento e equilíbrio entre ataque e defesa.
Talvez o melhor reforço do Inter seja, além da titularidade de Walter, a repetição de um esquema. Qualquer um.
Esportes
Contratar um atacante resolve tudo no Beira-Rio?
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