O preço do botijão de gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, em Caxias do Sul, está abaixo da média prevista pela Petrobras para o Brasil. Segundo levantamento feito pelo Pioneiro nesta sexta-feira (2), moradores do município podem encontrar o botijão, sem entrega, por uma média de R$ 97,70. A média prevista para o país, de acordo com a estatal, é de R$ 105,84, ou seja R$ 8,14 mais barato no maior município da Serra.
Já em relação ao preço médio previsto no Rio Grande do Sul, a diferença é ainda maior: chega R$ 9,94. Isso porque o preço médio total no Estado é de R$ 107,64. Os dados estão disponíveis no site da estatal, a partir de informações fornecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O período de coleta foi de 21 a 27 de maio, nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
O mesmo site explica como é a formação dos preços. A parcela da Petrobras representa 31%, ICMS é 15,2% e distribuição e revenda fica com 53,9%. Os impostos federais estão zerados desde março de 2021.
O levantamento do Pioneiro abrange revendas de diversos pontos de Caxias. O valor varia se o consumidor retira no local ou pede entrega. Nesse caso, o preço pode variar conforme a localidade de destino. Além disso, alguns lugares vendem o botijão com desconto se o cliente pagar em dinheiro.
— Como não é tabelado, cada revendedor pode colocar o preço que quiser. No setor do gás, o preço está linear, nós também não temos recebido tantas reclamações — comenta o presidente do Sindipetro de Caxias e região, Vilson Pioner.
O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), José Ronaldo Tonet, diz que o preço abaixo da média é em função do não repasse para o consumidor de reajustes. Além disso, ele comenta que a concorrência e a diminuição de venda também fazem com que os preços fiquem abaixo dos R$ 100, geralmente.
— Não tem pressão de demanda. Hoje, as pessoas usam jarra elétrica, forno elétrico, micro-ondas. Já quem não tem tanto poder aquisitivo usa até lenha. São alternativas para não gastar com o gás de cozinha — analisa Tonet.