A votação que definirá a aprovação ou rejeição do novo plano de recuperação judicial da Voges foi adiada para 16 de julho, às 9h, no Jockey Clube de Caxias do Sul. Inicialmente, a proposta seria votada em assembleia realizada na última terça-feira (18). Em caso de rejeição, a consequência direta seria a falência. Porém, os representantes da Voges solicitaram uma suspensão da assembleia.
O administrador judicial, Nelson Luiz Sperotto, colocou em votação o pedido de suspensão, alertando que se não houvesse votação, poderia haver contestação e anulação da assembleia. 58,99% aprovaram a suspensão. O voto não era por pessoa, mas por percentual de valor de crédito das classes. O Banrisul, maior credor da classe de garantia real, foi favorável ao adiamento.
Ainda nesta terça-feira, duas propostas de compra da UPI Motores da Voges foram abertas pelo juiz Clóvis Mattana Ramos. A primeira de autoria da Mercosul Indústria de Motores Elétricos ofereceu R$ 20 milhões, sendo R$ 1 milhão de entrada, 10 dias após a homologação da venda, e outras 36 parcelas. A segunda proposta, apresentada pela Metalcorte Fundição Ltda., trazia o valor de R$ 22 milhões, sendo R$ 4 milhões também após 10 dias de homologação da venda e outras 60 parcelas de R$ 300 mil.
Por meio de votação eletrônica, os presentes, na grande maioria trabalhadores, rejeitaram as propostas de compra. Foram 56% que votaram contra e 46% a favor da venda.