Não vale a pena andar vários quilômetros a mais para tentar abastecer pelo menor preço nas revendas de combustíveis de Caxias do Sul. Blitz realizada pelo Pioneiro na tarde desta quarta-feira (9) em 17 postos da cidade aponta que o preço no litro varia, no máximo, R$ 0,18 entre o mais caro e o mais em conta. Na maioria, o preço anunciado nas tabelas da gasolina comum é de R$ R$ 4,499 _ arredondando: R$ 4,50 (veja quadro abaixo).
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É uma boa notícia para os caxienses. Há pouco mais de três meses, o valor avançou a barreira de R$ 5 e chegou a R$ 5,10. No início de novembro, a queda ainda resistia, e o litro custava R$ 4,90. O consumidor só começou a sentir a diferença no bolso a partir do dia 10 de dezembro do ano passado, quando as bombas registravam média de R$ 4,70 o litro.
— Dá para respirar um pouco mais aliviado — comenta o representante comercial José Benetti, que consome uma média de 150 litros de combustível por mês.
Queda de 10,4%
Esta é a 11ª semana seguida com redução nas bombas, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O levantamento divulgado na última terça-feira (8) indica que o litro do combustível em Caxias do Sul custa, em média R$ 4,56. O valor é 10,4% menor em comparação com a semana entre 20 e 27 de outubro, quando a pesquisa apontou R$ 5,09.
Os postos também estão pagando menos pelo litro nas distribuidoras, com uma queda acumulada de 10,7% desde a última semana de outubro. A redução para as revendas chega a R$ 0,47, com preço médio de R$ 3,92, de acordo com a pesquisa mais recente.
A queda nas bombas segue a tendência de redução do preço praticado pela Petrobras nas refinarias. Nesta quarta, a estatal reduziu o litro da gasolina de R$ 1,45 para R$ 1,43, queda de 1,3%. Já o diesel manteve o preço em R$ 1,85.
"Novas quedas dependem do dólar", diz dono de rede de postos
O presidente da Rede de Postos SIM, Neco Argenta, explica que a forte redução do preço do barril do petróleo e a baixa do dólar vêm impulsionando a queda do preço da gasolina.
— Por consequência, essa queda puxou uma redução no valor de referência para cálculo e recolhimento do ICMS no Rio Grande do Sul, impactando fortemente no preço final — destaca.
Sobre a previsão para os próximos dias ou semanas, Argenta adianta que poderá ter, mas não com o impacto dos últimos dois meses.
— Esperamos sempre ter custos menores para estimular o consumo. Se a queda ocorrer, não deve ser em virtude do barril do petróleo, mas sim da queda do dólar, que referenciam os preços da Petrobras. Nosso mercado é muito dinâmico, não podemos afirmar que os preços continuarão em queda.
Além do custo dos combustíveis na refinaria, informa Argenta, há muitos outros fatores determinantes para a formação das políticas de preço de venda final do combustível que variam em cada cidade, como impostos, política de preços de cada distribuidora (bandeira), custo de aluguel e mão de obra.