O período de colheita na fruticultura representa uma oportunidade para milhares de trabalhadores. Quando os frutos já estão quase maduros, diversos produtores, sobretudo os de médio e grande portes, decidem contratar uma série de temporários para o trabalho no campo. Com o pêssego, a movimentação na Serra começou por volta de outubro.
Natural de Engenho Velho, cidade situada na região Noroeste do Rio Grande do Sul, Dalvani Roncalio, trabalha há seis anos como temporário em propriedades da Serra. No momento, atua na colheita do pêssego em uma propriedade em Pinto Bandeira. Antes, entre agosto e setembro, havia participado da poda de uma área de parreirais em Monte Belo do Campo. Assim que terminar o trabalho no pêssego, no final de janeiro, voltará para Monte Belo para trabalhar na colheita da uva.
– Eu gosto bastante de trabalhar na agricultura. Minha cidade é pequena e não tem muito serviço. Consigo tirar meu sustento daqui (da Serra) – aponta Roncalio.
Entre idas e vindas de sua cidade natal, Roncalio tem trabalho garantido na Serra por quase oito meses consecutivos. Com os recursos obtidos na região serrana, já comprou um carro e ainda consegue ajudar no sustento da família.
O pêssego é a terceira principal cultura da região, atrás apenas da uva e da maçã.