O preço da gasolina comum voltou a subir na maioria dos postos de combustíveis de Caxias do Sul. Em uma semana, a média foi R$ 0,10 e, em algumas revendas, bate na barreira dos R$ 5 à vista (ver quadro abaixo).
Nas refinarias, o valor subiu 1,68% na última quarta-feira, dia 5, e passou a custar R$ 2,20. Desde o dia 19 de fevereiro quando a Petrobras passou a divulgar o preço médio diário em seu site, o valor do combustível nas refinarias acumula alta de 45,7%. Nos últimos 30 dias, o reajuste chega a 13,37%.
Leia mais:
Semana teve repasse para preço do diesel, novos preços para o frete e muitos boatos
Óleo diesel está mais caro nas bombas de Caxias
Na quinta-feira, dia 6, a estatal anunciou a terceira alteração na sua política de reajuste do preço da gasolina desde que passou a acompanhar o mercado internacional, em outubro de 2016. O valor do litro na refinaria poderá ficar congelado por até 15 dias, em vez de sofrer alterações diárias, como acontecia desde julho do ano passado.
Para evitar prejuízos, a empresa vai recorrer a instrumentos financeiros de proteção – a compra de derivativos de gasolina na Bolsa de Nova York e o hedge cambial no Brasil.
Blitz realizada pelo Pioneiro na tarde de ontem aponta que, nos postos de Caxias do Sul, a diferença no litro do combustível pode chegar a quase R$ 0,20. Num tanque de 50 litros é possível economizar R$ 10.
Diesel
O óleo diesel também subiu em alguns postos. O mais alto está em R$ 3,789 o litro e o mais em conta, 3,439. A diferença alcança os R$ 0,35. Ontem, o presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, afirmou que a companhia pode vir a adotar um mecanismo de proteção (hedge) semelhante ao aprovado para a gasolina também para o diesel. Mas adiantou, no entanto, que neste momento a empresa não tomou nenhuma decisão.
O Procon caxiense comandou durante três meses uma campanha de fiscalização para conferir o repasse do subsídio de R$ 0,46 por litro de óleo diesel nas revendedoras, fixado pelo governo federal quando da greve dos caminhoneiros. Foram instaurados 19 processos administrativos.
O coordenador do órgão, Luiz Fernando Del Rio Horn, não acredita, no entanto, que qualquer medida anunciada pela Petrobras vá resultar em vantagens para o consumidor.
— O mercado está muito volátil e a tendência do câmbio é aumentar.