A Smapa explicou, via e-mail, que os principais problemas encontrados pela fiscalização nas queijarias foram de higiene e falta de boas práticas de fabricação. O motivo de muitas terem fechado, segundo a secretária Camila Sirena, foi a idade avançada da maioria dos proprietários e de não haver sucessão na propriedade rural, resultando no desinteresse em reinvestir. Segundo a nota, entre 2008 e 2016, 16 das 22 queijarias registradas desde 1999 solicitaram o desligamento. Neste período a Secretaria da Agricultura oportunizou treinamento em Boas Práticas de Fabricação e Cursos de Manejo da Ordenha e Qualidade do Leite, além de orientações técnicas visando a resolução do problema.
As primeiras autuações foram realizadas em 2012 após várias notificações para adequação e melhorias e exaustivas orientações técnicas. As penalidades foram a obrigatoriedade na participação dos cursos e advertência. Segundo a nota, até o momento apenas uma queijaria recebeu multa, demonstrando o caráter orientativo adotado.
Camila informa que, para oportunizar a abertura de novos mercados para as agroindústrias, desde 2016 o Serviço de Inspeção Municipal vem adequando a sua estrutura para adesão ao SISBI onde os estabelecimentos podem comercializar seus produtos em todo o território nacional sem a imposição legal que restringe a venda somente no município de origem. Para encaminhamento desta adesão, foram necessárias alterações na legislação municipal e o cumprimento de rotinas e cronogramas de coletas oficiais de produto e de água para análise. "A adesão ao SISBI é uma diferenciação para o município, que atrai novos negócios e empregos pelo fato de romper esta barreira comercial dos produtos de origem animal. Somente 10 municípios no RS possuem a equivalência ao SISBI", diz Camila, por e-mail.
A adesão a estes sistemas, segundo a secretária, atende a uma antiga reclamação dos produtores de o porquê não poder vender seus produtos em municípios vizinhos. Tanto SISBi quanto SUSAF permitem esta comercialização.
Destaca que a Smapa disponibiliza de programas de fomento e assistência técnica no meio rural, como saneamento básico rural, financiamento através do Fundo Municipal de Desenvolvimento Rural, Patrulha Agrícola, atendimento clínico veterinário, programas de comercialização, entre outros.