As feiras de negócios prometem esquentar o primeiro semestre de 2018 na Serra. Mais de 10 eventos estão programados para acontecer, e a estimativa dos organizadores é de movimentar mais de R$ 1,2 bilhão na economia da região. Cidade dos vinhos, dos móveis e do turismo, Bento Gonçalves é também a que promove mais feiras no primeiro semestre de 2018. Estão confirmados seis eventos no município e a previsão é de movimentar mais de R$ 800 milhões em negócios.
A partir de março, todos os meses têm programação no Parque de Eventos de Bento. Enquanto isso, em Caxias do Sul, com quatro vezes mais habitantes, nenhuma feira de negócios está confirmada para os seis primeiros meses do ano no parque de exposições da Festa da Uva. Apenas previsões. O evento mais relevante é o Feirão da Caixa, ainda sem confirmação de data.
Na Região das Hortênsias, a situação se equipara à de Bento. Até junho, estão programadas pelo menos sete feiras. Em Gramado, eventos de moda, calçados e alusivos à Pascoa movimentam a economia local. Somente a Fenin Fashion, que acontece na semana que vem, vai aquecer os negócios em R$ 400 milhões.
Em Nova Petrópolis, a Festimalha, programada para abril/maio, pretende atrair mais de 100 mil visitantes. Em Flores da Cunha, duas feiras tradicionais prometem aquecer a economia em pelo menos R$ 12 milhões.
Fundamentais para o desenvolvimento
As atrações na Serra trazem milhares de visitantes de outros Estados e países à região. Entre os filões estão os hotéis e restaurantes. Em Bento Gonçalves, em dias de feiras, os hotéis costumam ter lotação esgotada. A estimativa é de que cada visitante gaste, em média, R$ 450 por dia na cidade. Com isso, os cifrões desses setores ultrapassam os R$ 60 milhões. O vice-presidente da Fundaparque de Bento Gonçalves, Gilberto Durante, garante que as feiras são fundamentais para o desenvolvimento da região.
— Movimentam mais de 50 diferentes setores. São extremamente importantes e bem-vindas.
Em Caxias do Sul, a falta de interesse por parte do governo municipal faz com que os pavilhões da Festa da Uva fiquem vazios na maioria dos dias. O presidente do Convention & Visitors Bureau, Diego Dall’Agnol, responsável pela captação de eventos para a região, garante que a estrutura de Caxias para receber grandes feiras é maior do que a dos municípios vizinhos, mas não há apoio.
— A Festa da Uva não sabe se vender. Não há um trabalho sério para reverter a situação — declara.
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