Até a próxima quinta-feira, a produção da Marcopolo vai chegar a 12 ônibus por dia. A garantia é do CEO da empresa, Francisco Gomes Neto. Até ontem, a fabricação chegava a seis veículos diários. Segundo ele, as unidades Planalto, Neobus e Ciferal (Rio de Janeiro) estão a todo o vapor. Ele informou que no início de novembro a retomada será total, com 17 ônibus/dia, a mesma quantidade produzida antes do incêndio que destruiu a unidade de plásticos na plataforma da empresa de Ana Rech, em 3 de setembro.
Dos cerca de 4,5 mil funcionários afastados temporariamente devido ao sinistro, cerca de 2 mil já voltaram às atividades. Graças às empresas fornecedoras, que criaram um mutirão para produzir os moldes que foram queimados, a Marcopolo conseguiu retomar os trabalhos da forma como foi planejado: gradual, mas dentro da previsão inicial.
— A maioria das peças de plásticos e moldes foram feitas por fornecedores parceiros. Devemos a eles o nosso agradecimento pelo entendimento e ajuda — destaca Gomes Neto.
O CEO também garantiu que, agora, as estratégias estão claras e definidas. Os demais colaboradores da empresa (em férias coletivas), assegurou, estarão retornado ao trabalho até o final de outubro.
Contratos renegociados
Gomes Neto também revelou que muitos contratos de entrega de veículos foram renegociados e outros estão em tratativas para uma nova definição de prazo. Ele admitiu que algumas negociações estão mais complicadas, pois muitas empresas estavam contando com esses ônibus para turismo, que é muito forte nos últimos dois meses do ano.
— Foram mais de 20 dias de ajustes, de recolocação de núcleos de produção — enfatizou.
Para uma grande empresa é um período longo, pois a produção diária é alta. Além disso, a unidade de componentes plásticos destruída é a mais importante no processo de produção de um ônibus.
O diretor José Carlos Martins disse, após a reunião-almoço da CIC, que as vendas de ônibus estão muito boas. Principalmente no mercado urbano.