O final de semana com frio e sol levou milhares de pessoas às lojas de Caxias, Farroupilha e aos expositores da Expobento. A expectativa é de que o comércio recupere pelo menos parte das perdas de 22% acumuladas neste ano. Em Farroupilha, algumas malharias estão com os estoques zerados, outras trabalham com volume reduzido e algumas ainda estão produzindo para atender à demanda.É o caso da Malhas Kaster. Segundo o proprietário, Samuel Kaster, as vendas aumentaram 50% em comparação com o mesmo período do ano passado. A loja vende entre 300 e 400 peças por dia.
_ O frio ajuda muito. As vendas estão excelentes todos os dias. Durante a semana atendemos vendas para o atacado e no final de semana o varejo.
A malharia acumulou um alto volume de mercadorias de 2011 até 2015, mas o frio desse ano acabou com os todos produtos acumulados.
_ Agora, nosso estoque está zerado _ comemora.
Elisabete Ramos aproveitou o domingo de sol para fazer compras para sua boutique em Porto Alegre. Por duas horas, a empresária circulou pelo Centro de Compras de Farroupilha pesquisando os melhores preços. Ela pretendia comprar R$ 1 mil em blusas, casacos e calças, mas se assustou com os valores dos produtos.
_ Esperava os preços mais baratos _ comenta.
O proprietário da Nyx, revenda autorizada da Malharia Anselmi, Odair Biscaro, também festeja as vendas aquecidas desde o final de abril com a chegada das temperaturas baixas. Segundo ele, o ticket médio de cada cliente é de R$ 380 e as vendas incrementaram em 20% este ano.
_ Tem que fazer frio por mais três meses. A crise para nós é o calor _ brinca o empresário.
A técnica de enfermagem Jéssica Pasticelli, moradora de Flores da Cunha, também aproveitou o domingo para passear e fazer compras. Ela optou por um poncho no valor de R$ 70 e ainda procurava por malhas básicas para completar o guarda-roupa.
_ Os valores estão bons e pretendo gastar até R$ 200.
Na Malharia Sumaré, a produção de malhas ainda está a pleno vapor. Trabalhando com atacado e varejo, a fabricação do número de peças aumentou pelo menos 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
_ Ainda estamos produzindo. As vendas estão boas _ destaca a proprietária da malharia, Lourdes Orlandin.
Aposta nas golas de tricô
A recepcionista de uma fábrica de móveis de Portão, Patrícia Wasiak, estava ontem em Farroupilha pela primeira vez para comprar a tendência deste inverno: golas de tricô. Para aumentar a renda mensal, Patrícia vende roupas e bijuterias para as colegas de empresa. Segundo ela, os lojistas não estão dando muito desconto o que assustou. Ela pretende vender as peças pelo dobro que preço pago nas lojas do centro de compras.
_ Comprei 18 golas e gastei R$ 310. Os preços estão muito altos _ comenta.
Patrícia trouxe a irmã, Regina, para opinar na hora da escolha e ajudar na hora de pechinchar descontos.
_ Os descontos foram poucos. Ela (Patrícia) tem experiência com vendas e vai tentar vender as golas. Gosto de opinar sobre a qualidade e as cores _ conta a auxiliar administrativa.