Caxias gerou 1.049 novos postos de trabalho em 2016

Após meses com números no negativo, o mercado de trabalho caxiense começa a ensaiar crescimento. Em fevereiro, 501 postos foram abertos na cidade e, no ano, já são 1.049 novas vagas. Claro, o cenário ainda está longe de pedir comemoração: no acumulado de 12 meses, Caxias soma 14,4 mil oportunidades fechadas. Os números de 2016, ao menos, demonstram que a estabilidade chegou ao mercado de trabalho. Os dados de fevereiro dos empregos foram divulgados na tarde desta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

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Em Caxias, o comércio e os serviços são os setores que mais abriram vagas no último mês. Juntos, eles somaram 661 postos de trabalho. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas), Sadi João Donazzolo, destaca que a Festa da Uva e o retorno das aulas impulsionaram a geração de empregos no mês passado:

- Em todos os anos em que o Carnaval ocorre antes, como foi o caso de 2016, os resultados de fevereiro são melhores porque as pessoas voltam de férias antes. Se o Carnaval fosse depois, certamente seria um mês pior, mais parado - analisa.

A agropecuária também gerou oportunidades. Foram 93 em todo fevereiro e 608 no ano. A safra da uva é o principal motivo da alta, já que embora a produção tenha apresentado queda, a colheita sempre exige uma ajuda adicional nas propriedades.

A indústria, por outro lado, segue demitindo. No ano, já são 465 postos de trabalho a menos e, em 12 meses, o número salta para 11,7 mil. É notável, porém, que a queda tem sido menos brusca:

- A verdade é que não tem mais da onde tirar. As indústrias enxugaram tudo o que dava, então agora os casos são mais pontuais - analisa Getulio Fonseca, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs).

Para os próximos meses, representantes dos principais setores da cidade avaliam que é difícil realizar previsões devido às instabilidade políticas. Eles são unânimes, contudo, em um ponto:

- A política está travando o país. É preciso que se resolva logo esse problema de quem vai governar o país. Sem essa confiança, todas as vendas e investimentos seguirão em baixa - resume Donazzolo.