Para os gaúchos, o anúncio federal de aumento nos combustíveis veio com um amargor ainda maior do que no restante do Brasil. Isso porque, na semana passada, foi aprovada uma nova alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passa a valer a partir do ano que vem para o Estado.
No caso dos combustíveis, o reajuste no tributo passará de 25% para 30%, um aumento real de 7,1%. Os custos operacionais, entretanto, devem fazer o aumento ser maior nos postos, já que energia elétrica e comunicação também aumentarão, elevando os custos das revendas.
Uma simulação com a média da gasolina de Caxias da última semana, que é R$ 3,43, acrescentando o aumento de 6% de agora e os 7,1% de janeiro, demonstra que o litro pode chegar na casa dos R$ 3,90 na cidade em 2016.
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A recente decisão da Petrobras surpreendeu analistas e representantes do setor, além dos consumidores. Apesar de não ser novidade a crise na estatal, a baixa popularidade do governo aliada à crise econômica dava sinais de que não haveria reajuste neste ano. A diretoria alegou que a decisão foi tomada porque a depreciação cambial agravou a situação financeira da Petrobras.
- Nem imaginávamos esse aumento agora. Estávamos nos planejando para o de janeiro, em função do ICMS, mas esse surpreendeu - destaca Luiz Henrique Martiningui, presidente do Sindipetro Serra.
Nesta quarta-feira, ao saberem do aumento dos combustíveis, consumidores caxienses correram para os postos que ainda não haviam reajustado os valores. No Posto São Pelegrino (Charrua), que vendia gasolina a R$ 3,23, filas se formaram durante a tarde.
Combustível inflacionado
Em janeiro, média do litro da gasolina em Caxias deve chegar a R$ 3,90
Aumento desta semana, aliado ao reajuste do ICMS previsto para 2016, motiva expectativa
Ana Demoliner
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