Cada empresa vai avaliar se é interessante ou não integrar o Programa de Manutenção do Emprego, que propõe redução de até 30% da jornada de trabalho com metade da perda salarial compensada pelo governo federal. Mas, depois de conversas com representantes das principais empresas do setor metalmecânico de Caxias do Sul, o presidente do sindicato patronal da categoria, Getúlio Fonseca, entende que, para a maioria, não há vantagens no novo plano. Isso porque as grandes empresas já estão fazendo flexibilização de jornada, e, em alguns casos, a redução da carga horária é superior aos 30% propostos pelo governo.
O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) avalia que a medida engessaria a gestão de custos das indústrias, que não teriam liberdade para demissões. Ele aponta que, em alguns casos, como de empresas de ferramentaria que tem 60% do custo ligado à despesa de pessoal, a adesão ao programa pode trazer benefícios.