A retração da economia e as quedas de pedidos no setor metalmecânico fazem com que grandes empresas de Caxias do Sul estudem alternativas para minimizar perdas e evitar demissões. Os sete mil funcionários de oito empresas do grupo Randon aprovaram a parada por seis dias durante este mês de fevereiro, que serão compensadas nas folhas de pagamento de meses com 31 dias. Como o cenário não mudou em relação há 30 dias, o gerente-executivo de Recursos Humanos da Randon, Daniel Ely, informa que novas medidas estão sendo estudadas. As mesmas empresas que foram afetadas pela parada no Carnaval avaliam quais funcionários ainda têm férias pendentes.
Ely estima que eles representem 30% do total do contingente. O gerente-executivo explica que não serão férias coletivas ou seletivas, mas acertos individuais para que os colaboradores façam seu período de descanso em março.
- Estamos avaliando o saldo pendente de férias de todos os funcionários. Com 30% dos funcionários parados é o equivalente a seis dias trabalhados. Resolvemos assim em março. Esgotando as possibilidades com as férias - esclarece Ely. Caso em abril o cenário não tenha melhorado, a Randon poderá fazer uma votação sobre flexibilização de jornada.
Os trabalhadores da Marcopolo já aprovaram a parada de até seis dias por mês de março a maio. Os funcionários da Agrale votam nesta terça-feira proposta semelhante, mas que prevê folga de um dia por semana pelos próximos três meses.
Economia
Randon vai conceder férias pendentes a funcionários em março
Se retração na economia continuar, votação para flexibilização de jornada poderá ser feita em abril
GZH faz parte do The Trust Project