Mais indícios de que o primeiro semestre se encaminha ao fim com dados de desaquecimento econômico.
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) anunciou nesta terça-feira que a crise registrada no país elevou o número de demissões no setor metalmecânico de Caxias do Sul, representado por cerca de 3 mil empresas.
Resultado: o segmento, que emprega 50.972 na cidade, já contabiliza um saldo de 674 demissões desde abril. O faturamento acumula um saldo negativo de 13,61% de janeiro a maio em comparação ao mesmo período de 2013, o que leva o Simecs a projetar um quadro mais intenso de demissões a partir de julho.
O presidente da entidade, Getulio Fonseca, salienta que o desempenho negativo foi motivado por fatores como a alta taxa de juros, a elevação dos preços, a perspectiva de alta da inflação, o endividamento do consumidor e a consequente elevação da inadimplência, dificuldades das empresas em obter financiamentos e a desconfiança do empresariado nas políticas públicas.
- Poderíamos ter resultados mais significativos se o produto brasileiro não fosse tão onerado em impostos. Para o setor voltar a crescer e tornar-se competitivo, tanto no mercado interno e externo, torna-se necessário melhorar a educação de base e reduzir os custos produtivos - destacou Fonseca.
As vendas para dentro do Estado ampliaram o declínio, fechando o período de janeiro a maio em 19,61%. Já os negócios para fora do Estado registraram 12,26% de retração nos cinco primeiros meses de 2014. O mesmo se verificou com as exportações, com declínio de 9,69% no período.
Em baixa
Simecs alerta para aumento de demissões em Caxias
Setor metalmecânico teve retração de 13,61% no faturamento nos primeiros cinco meses de 2014
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