O sonho de conquistar a casa própria, que figura entre os desejos mais comuns dos brasileiros, vai além de ter um imóvel para chamar de seu. A maioria das pessoas costuma incluir também nesse anseio a aquisição de móveis e eletrodomésticos para, assim, ter um espaço completamente novo. Há cerca de um mês, esse anseio está se tornando possível, graças ao lançamento do Minha Casa Melhor, linha de crédito do governo federal voltada à aquisição de mobília aos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida.
Em Caxias, cerca de 60 estabelecimentos comerciais já estão cadastrados na iniciativa e podem vender móveis e eletrodomésticos por meio do financiamento. Eles estão eufóricos com o potencial do projeto de atrair oito mil pessoas, público na cidade que já se beneficiou com a compra de imóvel via Minha Casa, Minha Vida e agora pode recorrer às lojas para adquirir, por meio do financiamento, itens que faltam para o lar.
- O interessante é que estamos percebendo que as pessoas estão procurando o programa de forma consciente, ou seja, não estão querendo comprar sem a real necessidade - destaca Valdir Angst, gerente regional de construção civil da Caixa Econômica Federal, instituição responsável pela concessão dos empréstimos.
Em todo o país, no primeiro mês do Minha Casa Melhor, cerca de 100 mil famílias contrataram o programa. Essa procura deve gerar R$ 500 milhões em contratos se cada um dos beneficiados usufruir integralmente dos R$ 5 mil disponíveis.
O setor moveleiro da Serra, porém, que comemorou o anúncio do programa no mês passado, ainda não sentiu reflexos dessas adesões na produção. Ivo Cansan, presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs), acredita que, como a medida é recente, boa parte dessas 100 mil pessoas que estão cadastradas nem receberam o cartão para efetuar a compra ainda:
- Nos próximos 30, 40 dias, devemos notar mais impactos e aí sim provavelmente aumentaremos a produção. Por enquanto, não sentimos diferença nenhuma - destaca.
Entre os 60 estabelecimentos de Caxias cadastrados a vender móveis e eletrodomésticos pelo Minha Casa Melhor, há opções para todos os gostos. Além de lojas tradicionais, há também alguns estabelecimentos mais alternativos, como o Brique Zamboni, que comercializa itens novos e usados há cerca de um ano.
Fabiana Zamboni, sócia-proprietária da loja, conta que decidiu se cadastrar no programa assim que ele foi lançado pois percebeu que a maioria dos seus clientes buscava itens para imóveis menores e que, desses, muitos eram beneficiados do Minha Casa, Minha Vida.
Outro motivo que motivou a adesão é o fato da loja ficar relacionada na lista de estabelecimentos cadastrados no site oficial do programa, o que deve atrair novos públicos.
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