Depois dos metalúrgicos rejeitarem, no último sábado, a proposta de reajuste de 9,5%, os sindicatos patronal e dos trabalhadores voltaram a se reunir na manhã desta terça-feira. Essa foi a primeira rodada de negociação que contou com a presença do deputado federal Assis Melo, presidente licenciado da entidade dos trabalhadores. Conforme Getulio Fonseca, presidente do Simecs, a reunião foi muito positiva, já que as entidades conseguiram esclarecer pontos que até então não estavam claros.
- Relembramos para eles que o índice de 9,5% foi uma proposta que partiu da entidade dos trabalhadores. Apenas aceitamos o índice, por isso achamos estranho a recusa no sábado - destaca.
Amanhã, a diretoria do Simecs irá se reunir para apresentar, até sexta-feira, uma nova proposta para o sindicato dos trabalhadores. Fonseca ressalta que dificilmente o índice de 9,5% irá aumentar, mas não descarta avanços nas cláusulas sociais.
Até então, na proposta que foi recusada, os trabalhadores haviam conquistado a mudança no auxílio-transporte, que baixaria em 0,5% os custos para o trabalhador (de 5% para 4,5%). O auxílio-creche, que era oferecido para crianças de até 3 anos de idade, também teria o prazo foi estendido em nove meses. Novas mudanças nesses itens, assim como no piso salarial da categoria, serão debatidas pelo Simecs.
De acordo com Leandro Velho, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos, a reunião de hoje foi mais focada nos benefícios em função da importância que eles têm para o trabalhador:
- O dissídio é mais que o índice, é um pacote completo. Focamos nossos avanços agora nas cláusulas sociais. No próximo encontro, que irá ocorrer até sábado, veremos a questão do índice também.
Em Caxias, a categoria representa mais de 80 mil trabalhadores distribuídos em cerca de três mil empresas.