O elevador de carga onde Ana Paula Espíndula Leite, 23 anos, morreu prensada na manhã desta terça-feira, não estava dentro das normas de segurança exigidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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Segundo o gerente regional do MTE, Vanius Corte, para a utilização de monta-carga, como é conhecido esse tipo de elevador, é necessário, entre outros pontos, adesivos indicando capacidade de carga e quilos, algumas proteções e indicações de como utilizar o equipamento. Para Corte, a principal falha, e que ocasionou o acidente, foi a falta de portas que possibilitassem o uso do dispositivo de travamento automático, que é obrigatório.
Na avaliação de Corte, o acidente ocorreu pois a jovem foi surpreendida pela velocidade do equipamento, e não conseguiu sair a tempo. Esse foi o terceiro acidente de trabalho com vítima fatal registrado na cidade em 2013, e o primeiro nos últimos cinco anos envolvendo mulheres.
- Independente se isso era um procedimento comum, se ela tinha essa orientação, é uma entrada que não deve ser utilizada por pessoas. Qualquer elevador não anda se a porta está aberta, ele só se desloca se ela fechar. Esse disposito de segurança é obrigatório em qualquer tipo de monta-carga, para evitar que essa caixa se desloque - explica Corte.
Ana Paula foi prensada enquanto tentava entrar na padaria Rio Branco, onde trabalhava. A Polícia Civil investiga se ela apertou o botão errado. No momento do acidente, o elevador estava no piso inferior, onde ficam os fornos utilizados no preparo dos lanches. Quando Ana Paula tentou entrar, o equipamento subiu. A máquina é usada na descarga dos produtos e é quase sempre acionada por dentro da padaria.
Acidente
Elevador onde mulher morreu em Caxias do Sul é interditado pelo Ministério do Trabalho e Emprego por falta de itens de segurança
Ana Paula, 23 anos, morreu prensada na manhã desta terça-feira
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