A eleição presidencial da maior economia do mundo pode trazer reflexos para as exportações locais. Do lado democrata, Barack Obama aposta na criação de empregos para estimular o aumento da renda, o consumo e como consequência movimentar a economia. Do outro, a promessa do republicano Mitt Romney é diminuir as despesas públicas, cortar impostos e encorajar investimentos. A plataforma do republicano parece agradar mais quem exporta para os Estados Unidos.
Do ponto de vista do comércio, a vitória do Obama é um pouco pior para os negócios, acredita o coordenador do curso de Comércio Internacional da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Fábio Verruck. O ponto mais importante, para ele, é o que o eleito fará para restabelecer a economia do país:
- Se não houver uma recuperação, independente do partido, nós saímos prejudicados, pois eles são um grande parceiro de negócios. É preciso um plano efetivo de recuperação, consistente o suficiente pra causar uma reviravolta econômica.
Os Estados Unidos são o segundo destino para onde as empresas de Caxias mais exportam, segundo dados divulgados em outubro pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), perdendo somente para o Chile. Com uma vitória de Romney, essa relação poderia ser intensificada principalmente no setor de peças para automóveis, acredita o diretor de Economia, Finanças e Estatísticas da CIC, Mauro Corsetti. Segundo ele, os produtos daqui têm bastante entrada no mercado norte-americano.
- Romney já declarou que vai procurar preferenciar as empresas americanas, o que significa aumentar a atividade econômica. Como temos possibilidade de colocar produtos lá fora, precisaríamos que nossa política econômica ajudasse nesse sentido - projeta Corsetti.
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