As placas de "aluga-se" e "vende-se" estão pipocando com mais frequência nas janelas e portas de empreendimentos imobiliários da cidade. Na Expoimóveis, que encerrou neste domingo, cerca de 800 novas opções foram oferecidas aos interessados em comprar algum imóvel. No portal Pense Imóveis, em uma busca rápida, pelo menos três mil opções de apartamentos são oferecidas somente em Caxias.
O fenômeno, à primeira vista, parece sinalizar que o setor passa por um momento de desaceleração após anos de crescimento considerável. As análises de representantes do setor, porém, não são unânimes sobre o motivo das opções no mercado terem aumentado.
O gerente da Prolar São Pelegrino, Fellipe Silva, acredita que a oferta atual de imóveis está maior que a demanda em função do grande número de construções que estão sendo erguidas. Apesar disso, Silva destaca que muitos empreendimentos continuam não tendo dificuldades em vender todas as unidades:
- O consumidor está cada vez mais exigente. Se o negócio tem um bom custo-benefício, ou seja, apresenta vantagens aliadas a um valor justo, ele não demora nada para ser comercializado.
Silva destaca também que muitas famílias compraram nos últimos anos o primeiro imóvel embaladas pelo facilitamento dos financiamentos bancários. Ele acredita que, daqui uns dois anos, essas pessoas voltarão a aquecer o mercado em busca da troca de imóvel.
- O mercado imobiliário sempre tem momentos de altos e baixos - justifica.
Já o sócio-proprietário da Gonzatto Imóveis, Wanderlei Gonzatto, acredita que está ocorrendo nesse momento uma mudança no perfil do comprador. Segundo ele, os imóveis mais caros, com valores a partir de R$ 300 mil, estão sendo mais procurados atualmente na imobiliária:
- Diminuiu a procura por imóveis mais baratos porque o mercado conseguiu atender às necessidades com a produção em larga escala. As filas de espera não existem mais, mas ainda não temos sobre oferta em nenhum segmento. O setor continua com bastante fôlego.