É com expectativa redobrada que os fãs aguardam pelo 26º Planeta Atlântida. Afinal, trata-se da retomada do festival após dois anos em que a pandemia impediu o encontro dos artistas com o público que invade o Litoral Norte, chegando de todos os cantos do Estado.
Uma dessas fãs que mal consegue controlar a expectativa nestes dias que antecedem a chegada do Planeta é Jordana Martello, 30 anos, de Antônio Prado. Desde 2017 ela vai ao festival, sempre nas excursões que saem da Serra.
– Sempre fui de excursão, porque tu já vai no clima, com os teus amigos, trocando ideias e falando sobre as expectativas. Também acaba conhecendo pessoas de outras cidades e fazendo novas amizades, sabendo que são pessoas que curtem o mesmo som que tu. O Planeta também é sobre se abrir para novas experiências – comenta.
Este ano, Jordana aguarda com ansiedade por três shows que ainda não teve a oportunidade de assistir e também pelo reencontro com um dos seus artistas preferidos:
– Pra esse ano estou muito ansiosa para assistir a Gloria Groove (leia a entrevista com a artista na página 17), a Ivete Sangalo e o Jão, porque são shows que eu nunca vi. Tenho certeza que vão ser muito bons e a recepção do público vai ser muito boa. Também estou muito afim de assistir o Vintage Culture, porque acompanho ele desde o início da carreira e cada show dele que fui foi bem diferente.
Quando é para elencar os shows mais marcantes que assistiu nas edições anteriores do Planeta Atlântida, a pradense mostra o quanto é eclética:
– Meu top 3 são shows que passam vibes muito diferentes, mas que são muito bons e a galera sente muita energia: foram os shows da Anitta, do Capital Inicial e do Armandinho. É impossível estar ali e não sentir aquela energia que eles transmitem. E dos shows internacionais o Clean Bandit (grupo de música eletrônica) foi o melhor que já assisti.
A expectativa de Jordana é por uma edição que vá ficar para sempre na memória, especialmente pela vontade acumulada nos últimos anos, e que ela acredita que não seja apenas do público, mas também das atrações que irão passar pela Saba:
– Estando há dois anos sem o Planeta, a expectativa é ainda maior, tanto para os organizadores quanto para o público e também para os artistas. Acredito que para eles também é uma energia muito diferente, estar no clima do verão. E mesmo quem nunca foi no Planeta deve estar ansioso apenas pelo que escuta falar. A gente lê que alguns setores já estão com ingressos esgotados há bastante tempo, por isso acho que tem tudo para ser mais um Planeta inesquecível.
Momento de reconexão
A caxiense Gabriela Andreola, 21 anos, debutou no Planeta Atlântida em 2020. Naquele ano experimentou pela primeira vez o que descreve como uma “vibe surreal” do evento, razão pela qual a edição que ocorre neste final de semana a enche de expectativa.
- Acho que principalmente por termos passado por esse período de pandemia, o festival vai ser um momento lindo de reconexão. Quem já foi está ansioso por viver tudo aquilo novamente, e que ainda não foi pode ter certeza que é uma experiência incrível - atesta.
Naquele ano, Gabriela conta que a banda mineira Lagum fez uma das apresentações mais marcantes, principalmente pelo fator surpresa:
- Eu não conhecia e fui parar naquele show meio que caindo de paraquedas, mas acabei curtindo muito e me tornei fã.
Para esse ano, a caxiense já elencou os shows mais esperados, tanto na sexta-feira quanto no sábado:
- Estou com uma expectativa enorme pelo show do Matheus & Kauan, que é uma das poucas duplas sertanejas que eu ainda não assisti ao vivo, entre as minhas preferidas. E no sábado quero curtir muito o show da Ludmilla, que também não assisti ainda e todo mundo comenta que ela entrega muito.
Quatro décadas planetárias
Morador de Gramado, Rodrigo Frozi, 38, tem uma coleção de camisetas e de pulseiras das diversas edições do Planeta Atlântida em que esteve desde 2004, quando teve a primeira experiência no festival. Naquele ano foram marcantes os shows das bandas Reação em Cadeia e Charlie Brown Jr., que à época estava em turnê do álbum Acústico MTV.
Eclético, Rodrigo guarda boas lembranças também dos shows dos DJs Fat Boy Slim (2007) e Alok (2017). Neste ano, os shows aguardados com “expectativa gigante”, como diz, são o da cantora baiana Ivete Sangalo e da banda mineira Jota Quest. A exemplo dos anos anteriores, o gramadense está pronto para repetir o ritual de ser um dos primeiros a chegar e um dos últimos a sair do evento:
- Eu sempre vou de excursão, mas quando chego no hotel só deixo minhas coisas e já vou para a Saba, pra não pegar muita fila e poder ficar bem na frente do palco para curtir os shows. E só saio de lá de manhã, porque, uma vez que tu sai, não consegue mais pegar o mesmo lugar.