Uma história de amor e recomeço dá o tom ao primeiro livro da carreira do estudante, bibliotecário e agora escritor caxiense Claiton Corrêa. Aos 22 anos, ele está com tudo pronto para lançar Quase Amor (Editora Vírtua, 116 páginas) durante a programação da 36ª Feira do Livro de Caxias do Sul, que precisou ser adiada devido à pandemia de coronavírus e está prevista para ocorrer entre os dias 27 de novembro e 13 de dezembro.
– Assim que tudo isso passar, é a primeira coisa que quero fazer (o lançamento) – afirma Claiton.
O nome escolhido para intitular o livro de estreia do caxiense é o mesmo de uma música da banda Reação em Cadeia. A letra fala sobre a despedida de uma pessoa, mesma situação em que Corrêa se encontrava quando tomou coragem para escrever o romance.
– Percebi que nem tudo é como parecer ser. Portanto, Quase Amor traduz tudo aquilo que eu acredito ser, não só sobre o amor em si, mas sobre as experiências que adquirimos durante a nossa vida, que vão nos moldando. Nos tornam mais frios ou não – afirma.
A inspiração para escrever a obra veio após a participação em um sarau. O autor ficou maravilhado com alguns quadros que estavam expostos e não deixou de conversar com a artista das telas. Foi aí que a história central de Quase Amor começou a ganhar forma. Acrescentando alguns detalhes e retirando outros, o livro faz uma reflexão sobre como a arte e os artistas estão interligados e como o diálogo e a troca de informações são benéficos para ambos.
A obra conta a história de Roberto, um escritor quarentão que caiu no esquecimento dos leitores. A sua vida entre bebidas alcoólicas e cigarros se transforma depois que ele recebe um convite de seu amigo para participar de um evento. A partir daí, conhece Júlia, uma artista plástica que está passando por momentos difíceis. Enquanto se aproxima da mulher, Roberto tenta retomar a sua carreira literária.
Funcionário da Biblioteca Pública Municipal e estudante do sexto semestre de Licenciatura em Letras – Português na Universidade de Caxias do Sul (UCS), Claiton acredita que a sua paixão pelos livros teve início ainda quando era criança.
– Na época, eu lia muito os gibis da Turma da Mônica, que gosto até hoje. Em 2012, estava na casa de um amigo e vi o livro Rangers: Ordem dos Arqueiros, que a capa me chamou muito atenção. Meu amigo me emprestou e li todo ele em uma semana. Depois, compramos em sociedade o segundo livro da série e assim fui lendo. Em 2013, saiu A menina que roubava livros e como minha única experiência literária tinha sido com esta saga, me interessei por este. Daí pra frente fui lendo diversos títulos até que tive vontade de criar também – conta o escritor.
O jovem afirma que a sua maior inspiração é o poeta, contista e romancista Charles Bukowski, pela forma fascinante que ele se expressa. Além disso, Claiton tem como escritores preferidos Fernando Pessoa, Markus Zuzak, Dan Brown e Machado de Assis.
– Bukowski fala o que precisamos escutar da forma que entendemos. Tanto que no meu livro coloquei toda a essência dele – confidencia.
Até o lançamento da obra, os exemplares de Quase Amor estão sendo vendidos pelas redes sociais do autor (Facebook: Claiton Corrêa e Instagram: @claitooon) e também pelo site da Editora Vírtua (editoravirtua.com). O valor é de R$ 30 e as entregas são feitas pelo próprio autor.