Lançado em 2016, o livro Gaúcho - Indumentária & Prataria, de Véra Stedile Zattera, traz um panorama baseado em coleções importantes de brasileiros e também colecionadores da América Latina.
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— No livro, eu reproduzi um catálogo da Eberle que tive acesso, datado de 1907. Então podemos dizer que por volta de 1900 a Eberle já vendia todas as peças da montaria, feitas de prata. Eles tinham a fábrica em Caxias e também varejo em São Paulo e Rio de Janeiro.
De certa forma, a Eberle foi acompanhando as novas tendências do mercado:
— O foco da metalúrgica, no início, não era o gaúcho, mas o Exército Brasileiro. O que identificava a qualidade financeira e status social desse cara que andava à cavalo, sendo ou não gaúcho, eram os arreios do cavalo. E continua sendo ainda hoje, a pessoa vai colocar no seu cavalo o que ele pode financeiramente falando — explica Véra.
Haviam ainda uma segmentação bem específica com relação a duas das empresas desse segmento, Eberle e Gazola.
— Pode-se dizer sim que a Gazola tinha mais peças e utensílios para casa, como faqueiros, enquanto que a Eberle vendia mais peças relacionadas não só à montaria, mas cuias e bombas de chimarrão, e artigos relacionados ao gaúcho — observa Véra.
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