Os coturnos irão pisar sobre a Rua Coberta de Bento Gonçalves neste fim de semana, mas não se trata de marcha militar. Trata-se da invasão metaleira para prestigiar a segunda edição do Metal Sul Festival, que reunirá sete bandas da região e da Capital em duas noites de som pesado.
Para repetir o sucesso da primeira edição, realizada em 2017, a produção tornou a seleção das atrações mais criteriosa. Coube a uma comissão formada por 16 pessoas a escolha do line-up para o festival, que se repetirá em dezembro em Caxias do Sul, com outras atrações. Mais de 100 bandas atenderam ao chamado feito no Facebook, das quais foram selecionadas 11. Outras quatro foram convidadas para fechar a programação. Idealizadora do festival, Cláudia Kunst comenta que o processo de seleção, além de revelar muitas bandas de qualidades, revelou outras que ainda não sabem vender seu produto da melhor maneira na internet e nas redes sociais. Assim surgiu a parceria com o programa RS Criativo, do Governo do Estado, e com o estúdio Audio Porto, de Porto Alegre, para ajudar as bandas a alavancar sua divulgação. Nasceu assim o MS Criativo, espécie de braço do festival voltado para o empreendedorismo.
– Muitas bandas pecam ao não manter suas páginas atualizadas, o que dificulta o acesso dos curadores ao material. Mas, ao invés de criticá-las, optamos por fazer do festival uma oportunidade para ajudá-las, convidando diversos profissionais para promover um bate-papo e também gravar vídeos com dicas sobre como aprimorar a comunicação com o público e as mídias sociais, que são a principal vitrine da banda. Esses vídeos serão exibidos como parte da programação do festival – destaca a produtora.
Realizado com financiamento público em sua primeira edição, algo inédito para um festival deste gênero no Estado, este ano o Metal Sul será feito de forma independente. Parte dos recursos foram assegurados por financiamento coletivo, que atingiu apenas 10% da meta. O restante foi obtido através de patrocínios, tudo para manter a entrada gratuita (condição para conseguir apoios das prefeituras, que cederam os espaços e parte do equipamento de som).
– É claro que o festival não conta nem com a metade dos recursos da primeira edição, mas vamos conseguir fazer um evento bem bacana, graças aos apoios, patrocínios e ao engajamento de todos. Queremos que o Metal Sul seja mais do que um evento bianual, mas sim um conceito. Que novos produtos possam surgir a partir da parceira que temos, principalmente com os artistas. Ainda temos o grupo de Whats com as bandas da primeira edição, que doaram recompensas para o financiamento coletivo e irão dispor de um espaço de merchandising no festival este ano. O objetivo é que, com o passar dos anos, forme-se uma grande família da nossa cena metaleira – ressalta Cláudia.
Além dos shows, o festival repete a proposta de apostar em atividades paralelas. Além dos bate-papos, haverá workshop com o renomado luthier Thiago Kamming, de São Leopoldo, conhecido pela fabricação de guitarras, baixos e violões.
Agende-se
O quê:
Segundo Metal Sul Festival
Quando:
hoje e amanhã
Onde:
Rua Coberta de Bento Gonçalves:
Quanto:
entrada gratuita
Programação
Sexta-feira
14h – Bate-papo RS Criativo + Audio Porto e o seu papel no mercado do empreendedorismo da música
18h30 – Abertura
19h – Hollow (Garibaldi)
20h – Atropina (Teutônia)
21h – Supersonic Brewer (Bento Gonçalves)
Sábado
14h – Workshop com o luthier Thiago Kamming
16h – Bate papo com os curadores do II Metal Sul Festival + mostra MS Criativo
18h – It´s All Red (Porto Alegre)
19h – Southern (Caxias do Sul)
20h – Burn the Mankind (Porto Alegre)
21h – Exterminate (Porto Alegre)