O domingo à noite será para conferir o Oscar, a premiação mais tradicional do cinema. Diretamente do palco do Dolby Theatre, em Los Angeles, o mundo saberá quais foram as melhores produções de 2018. Desta vez, dois temas estão bem representados entre os indicados a melhor filme, a questão racial – com o político Infiltrado na Klan, o histórico Green Book e o blockbuster Pantera Negra – e o drama musical ambientado no universo do showbusiness – com Bohemian Rhapsody e Nasce uma Estrela, ambos donos de trilhas majestosas e impactantes cenas de palco. Aqui, nós te apresentamos um pouquinho sobre os oito indicados da categoria principal, tudo para apimentar as tuas apostas.
Green Book - O Guia
Pode ganhar? Apesar das atuações tocantes (Mahershala Ali, principalmente), o longa não convence o espectador completamente, soando por vezes forçado ao narrar a rápida redenção de um racista. O tema é importante, mas o filme não parece responder à altura.
Também concorre a: ator (Viggo Mortensen), ator coadjuvante (Mahershala Ali), roteiro original, edição.
Roma
Pode ganhar? Se Infiltrado na Klan tem a melhor história entre os concorrentes, Roma tem o melhor (e mais sensível) jeito de contar uma história, elegendo uma empregada doméstica mexicana como protagonista. É o filme de língua não inglesa com mais indicações na história da premiação, além de um deleite aos olhos e um marco na valorização da diversidade.
Também concorre a: diretor (Alfonso Cuarón), atriz coadjuvante (Marina de Tavira), roteiro original, filme estrangeiro, edição de som, mixagem de som, direção de arte.
Nasce uma Estrela
Pode ganhar? Há pouco ineditismo na história (é o quarto filme baseado nesse roteiro), mas chama atenção pelas ótimas tomadas no palco e trilha original. Além disso, o espectador também verá novidades como Bradley Cooper cantando lindamente e Gaga sem maquiagem.
Também concorre a: ator (Bradley Cooper), atriz (Lady Gaga), ator coadjuvante (Sam Elliott), roteiro adaptado, fotografia, mixagem de som, canção original.
Vice
Pode ganhar? Ambientado nos bastidores da política (principalmente no governo de George W. Bush), o longa traz muito mais identificação com o público americano. A universalidade artística fica por conta mesmo das atuações absurdamente impactantes dos protagonistas.
Também concorre a: ator (Christian Bale), diretor (Adam McKay), atriz coadjuvante (Amy Adams), ator coadjuvante (Sam Rockwell), roteiro original, edição, maquiagem e penteado.
Bohemian Rhapsody
Pode ganhar? A Academia ama caracterizações que se aproximam muito de personagens reais, predileção bem justificada aqui pelo ator Rami Malek e seu Freddie Mercury perfeito. Apesar de algumas inconsistências com relação à verdadeira trajetória do Queen, Bohemian Rhapsody tem grandeza à altura da majestade que mudou a história da música para sempre.
Também concorre a: ator (Rami Malek), mixagem de som, edição de som e edição.
Infiltrado na Klan
Pode ganhar? Eis aqui um dos maiores merecedores da estatueta, principalmente se a Academia quiser enterrar de vez a polêmica do “Oscar so white” (nascida em 2016, quando nenhum negro foi indicado). Assim como em Green Book, o longa de Spike Lee narra um fato histórico, só que o resultado aqui consegue ser tão divertido quanto politicamente impactante. É substancial, é ousado, busca ritmo nos anos 1970 e traça paralelo forte com os dias de hoje.
Também concorre a: diretor (Spike Lee), ator coadjuvante (Adam Driver), roteiro adaptado, trilha sonora e edição.
A Favorita
Pode ganhar? O mais fraco na corrida entre os concorrentes, o que impede que façamos trocadilhos de mau gosto com o título do filme. Apesar de revelar uma perspectiva pouco explorada nos filmes sobre a realeza – com um trio de protagonistas femininas um tanto excêntricas – o roteiro se perde entre tiradas de humor e intrigas novelescas.
Também concorre a: atriz (Olivia Colman), diretor (Yorgos Lanthimos), atriz coadjuvante (Emma Stone e Rachel Weisz), roteiro original, edição, fotografia, figurino e direção de arte.
Pantera Negra
Pode ganhar? Há aqui um caso um pouco diferente. Pantera Negra é o tipo de filme que já ganhou só ao ser indicado, isso porque é o primeiro título de super-herói a concorrer na categoria principal do Oscar. Um marco de representatividade super merecido, até porque o longa realmente inaugura uma faceta mais séria do gênero. Além disso, também poderia vencer na categoria "elenco mais deslumbrante", se ela existisse.
Também concorre a: trilha sonora original, figurino, mixagem de som, edição de som, direção de arte, canção original.
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