Os amigos mais próximos são unânimes ao afirmar que Marthina sempre sonhou em ser Miss Brasil e, além de desejar, preparou-se com dedicação para o concurso. Ela disputou o Miss Rio Grande do Sul pela primeira vez em 2012, representando Caxias do Sul, mas não se classificou entre as 10. Decidiu, então, focar no objetivo e preparar-se: cursou teatro, teve aulas com fonoaudióloga, controlou a alimentação, entre outras atividades, e voltou a se inscrever, desta vez por Bom Princípio, para a qual foi classificada ao concurso nacional.
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Ao falar com a amiga na tarde de quinta-feira, o relações públicas Marcos Pellenz, 25, conta que ela revelou ter dormido apenas uma hora e que "a ficha não tinha caído". Descreve Marthina como uma pessoa simples, humilde e de caráter.
- Ela sempre teve o apoio da família e dos amigos, sabia que não estava sozinha. Esse foi um sonho que todos sonhamos juntos - diz Pellenz.
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A avó Maria Alyde Brandt lembra de Marthina criança, desfilando em volta da casa com sapatos de salto da irmã. A amiga Greice Müller, 23, tem recordações parecidas.
- Ela gostava de arrumar a gente. Brincávamos de desfilar - conta.
Aos 12 anos, ela participou de um curso com o olheiro Dilson Stein, que descobriu Gisele Bündchen, e começou a trabalhar. Serviu de inspiração inclusive para o amigo Alessandro Britz, 23, que estudou com ela na Escola Estadual Bernardo Petry.
- Eu era baixinho e gordinho, mas ela sempre dizia para eu procurar uma agência. Depois de um tempo, aconteceu. Já estava em São Paulo, quando ela me ligou dizendo que iríamos trabalhar junto na São Paulo Fashion Week. Ela é a guria que tem menos frescura que eu conheço - relata.
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Outra amiga, Tamis Reisdorfer, 23, conta que elas integravam a "turma da laje", que se reunia para conversar e brincar e diz que elas nunca foram muito a festas:
- A Marthina sempre precisava acordar cedo para trabalhar e não podia estar com olheiras - brinca.
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Marthina estudou boa parte da vida pela manhã, na Escola Estadual Bernardo Petry e mesmo depois de sair da escola, voltava para visitar os amigos. O diretor, João Elberto Colling, 59, lembra-se dela como uma boa estudante, uma menina que precisava conciliar os compromissos na escola com a carreira iniciante de modelo. Eles também conviviam no CTG Porteira do Vale, onde ela participava do grupo de dança.
Outra paixão da Miss Brasil foi expressa por ela mesmo na noite do concurso: a patinação. Ela tinha 11 anos como a oficina de patinação passou a ser oferecida pela prefeitura, modalidade que movimentou a meninada do lugar. Atualmente, a modalidade integra uma das nove atividades oferecidas á comunidade de forma gratuita, por meio do projeto Semear.
A coordenadora, Isabel Cristina Schneider Assmann, 50, também estava entusiasmada com a conquista. Curiosamente, o Ginásio Municipal, onde as aulas são oferecidas, servirá de QG para os vale-realenses assistirem ao Miss Universo, no dia 20 de dezembro.