Marcelo Tas passa longe da temida "zona de conforto". Por isso mesmo, recentemente, o apresentador do irreverente CQC, da Band, começou a perceber que estava esbarrando na rigidez do formato da produção argentina. Desde 2008 à frente do programa, Tas considerou que seu tempo na bancada estava com os dias contados.
- O CQC tem um formato ousado que, ao mesmo tempo, é uma camisa de força com alguns dogmas e crenças onde não se pode mexer. Isto deixa o programa engessado, com espaço limitado para renovação. Não é uma queixa, mas uma constatação - ressalta.
No projeto desde o início de sua implementação no Brasil, o jornalista acredita que o programa foi responsável por mudar a dinâmica da tevê nas segundas, dia em que a produção vai ao ar. De acordo com Tas, o CQC renovou o humor, o telejornalismo e até mesmo a publicidade na tevê.
- A segunda era o dia mais desanimado da semana. Sem falsa modéstia ou medo de errar, posso dizer que deixo o projeto com um saldo bastante positivo - avalia.
A saída da Band não significará férias para o jornalista. Tas já trabalha em um game chamado Humano para o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e pretende implantar uma plataforma web em torno da educação. No entanto, o jornalista pretende continuar investindo em tevê.
- Retomei minha participação em programas infantis com o Papo Animado, do Cartoon Network. A televisão é querida pelos brasileiros, só que precisa urgentemente se reinventar sob pena de perder o bonde da história e ser ignorada pela geração digital que agora chega com tudo - aponta.
Hora do adeus
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