Integrantes da Associação Cultural Moinho Covolan têm corrido contra o tempo para batalhar pelo tombamento do prédio histórico que abriga diversas ações culturais em Farroupilha e cujo leilão está marcado para o dia 18 de fevereiro. Nesta semana, a associação esteve no Legislativo, no Executivo, além de reunir-se com a secretária de Cultura do Estado, Beatriz Araujo. Durante o encontro, que durou cerca de duas horas na quinta-feira (4), a comitiva de Farroupilha falou sobre a importância histórica do prédio, construído na década de 1920, e mostrou a luta atual para manter o centro cultural em funcionamento.
A secretária recebeu dois presentes da associação: um pão — que carrega uma simbologia muito forte com relação à história do Moinho Covolan — e uma peça criada com mosaicos de vidro retirados das janelas do prédio, feita por Gustavo Covolan, um dos herdeiros do fundador do moinho.
— A acolhida da secretária foi de muita sensibilidade. Me senti abraçada como mulher à frente de um momento histórico para nossa associação e para nossa comunidade. É incrível ver as pessoas de fora da cidade reagindo à nossa causa. A identificação da equipe da Sedac com a nossa luta pela preservação do patrimônio histórico cultural foi imediata — contou Natália Malfatti, produtora cultural que atua na linha de frente da associação.
Além de dar visibilidade à causa, o encontro também serviu para conquistar mais uma aliada na luta pelo tombamento do prédio, localizado no endereço da Rua Mal. Floriano Peixoto, 190. A secretária aceitou o convite para conhecer o moinho pessoalmente e se mostrou aberta para tentar diálogo com a administração municipal de Farroupilha. Vai tentar fazer esta intermediação, se possível, ainda antes da data do leilão.
Outra tentativa da associação, aliás, é de adiar o leilão do dia 18 para ganhar tempo e provar para a comunidade e para os órgãos oficiais que há condições de batalhar projetos para viabilizar o moinho.