Em tempos de reclusão social, seria legal poder sair para uma volta de carro né? Pensa então em viajar mirando as belas paisagens de Los Angeles pela janela e ainda por cima acompanhado das músicas que marcaram as memórias de Neil Peart, um dos bateristas mais icônicos do rock... Nada mal, né? Pois é o que propõe o livro Traveling Music - Música para Viagem: A Trilha Sonora da Minha Vida e do Meu Tempo, escrito pelo músico canadense, morto em janeiro, que marcou a história da música como integrante do Rush. A obra está ganhou lançamento da editora caxiense Belas Letras e pode ser adquirida na loja virtual www.belasletras.com.br, ao valor de R$ 69,90. O lançamento oficial do livro iria ocorrer no fim de semana que passou, durante a tradicional Rush Fest, em Criciúma, que acabou adiada por conta do coronavírus.
Primeiro de dois volumes, o livro tem 224 páginas nas quais Peart revela canções que gostava de ouvir na estrada _ de Frank Sinatra a Linkin Park. Atreladas ao som, estão lembranças que vão desde a infância e adolescência no Canadá até a formação como instrumentista de uma das maiores bandas de rock progressivo do mundo. Integrando um gênero que pode ser batizado de "crônicas de viagem e filosofia", Nei Peart escreve compartilhando com o leitor tudo que já leu, aprendeu em lugares e histórias que se interconectam.
Traveling Music foi lançado originalmente em 2004, mas a edição da Belas Letras é especial. Além de ter a tradução de uma super fã da banda moradora da Serra, Candice Soldatelli, a obra vem acompanhada por um kit exclusivo com marcador de páginas personalizado , pôster e paper toy do baterista (esse bonequinho de papel que aparece aí na foto) para montar.
:: Curiosidade
Num dos trechos do livro, Neil Peart conta que foi a um show do The Who em 1969 e isso acabou lhe rendendo um colar muito especial, que o acompanharia por muito anos. Veja:
"Vi o The Who mais uma vez, de volta ao Coliseum, quando eles lançaram a turnê de Tommy. Joel 'Iggy Stooge' Rempel, meu colega de escola crítico musical e fã do The Who, também estava lá, e depois do final com a destruição do equipamento ele deu um jeito de pegar um pedaço de um dos pratos de Keith Moon de cima do palco. Heroicamente, ele dividiu em três pedaços, entregou um para o outro 'esquisitão' Kevin Hoare e outro para mim. Usei aquele pedacinho de bronze distorcido amarrado no meu pescoço durante anos."
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