A informação oficial da prefeitura de Caxias de que o edital 2019 do Financiarte não havia aprovado nenhum dos 10 projetos inscritos teve uma mudança recentemente. Isso porque o grupo de teatro de bonecos Cia Molhados na Chuva, que num primeiro momento havia sido desclassificado com a proposta de circulação do Girando Bonecos 4ª Edição, entrou com recursos e acabou conquistando a aprovação. Inicialmente, o projeto havia sido descartado “por não apresentar a declaração de que possui domicílio ou residência em Caxias há no mínimo dois anos e por não apresentar ações de interesse público”. O proponente e um dos fundadores do Molhados na Chuva, Rafael dos Santos Homem, informa que o processo acabou virando uma “luta burocrática”, mas que culminou com o grupo sendo o único aprovado no edital 2019 do Financiarte.
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– A burocracia judiou bastante dos artistas, se não fosse uma insistência nossa, não teríamos conseguido ser contemplados, a luta foi grande – disse, à coluna.
O bonequeiro explica que a aprovação traz um misto de sentimentos. Apesar da satisfação em saber que a 4ª edição do Girando Bonecos irá garantir oito sessões de teatro em Caxias (quatro em bairros e distritos e quatro em contrapartida para a Secretaria da Cultura), há também a tristeza por ser o único projeto selecionado.
– Uma andorinha só não vai fazer verão, nossa luta é para o Financiarte não acabar – aponta o artista.
O projeto de circulação Girando Bonecos receberá um pouco menos de R$ 25 mil, teto máximo de cada projeto.
:: Crítica à falta de participação
Rafael dos Santos Homem também acrescenta que ficou impressionado negativamente com a inscrição de somente 10 projetos no edital 2019 do Financiarte.
– Não é porque a verba é pequena que vamos demonstrar desinteresse. Somente 10 projetos inscritos não demonstram a produção cultural que existe na cidade – avalia.
Mesmo sem compactuar com muitas ações da gestão do prefeito afastado Daniel Guerra (Republicanos), a Cia. Molhados na Chuva envolveu-se diretamente na criação dos desfiles da Festa da Uva e defende o diálogo acima de qualquer divergência de ideias.
– Não adianta só brigar, temos que ter diálogo – defende Rafael.
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