Apaixonados por viagens e por boas histórias, os jornalistas bento-gonçalvenses Carina Furlanetto e João Paulo Mileski, ambos de 31 anos, iniciam na próxima segunda-feira (18) um novo capítulo guiados por essas duas inspirações. Eles vão começar uma expedição pela América do Sul que deve passar por pelo menos 10 países. A aventura foi batizada de Crônicas na Bagagem, já que a dupla pretende registrar em texto todas as experiências vividas durante o período.
O material será compartilhado diariamente no Facebook (fb.com/cronicasnabagagem), Instagram (@cronicasnabagagem) e por meio do site www.cronicasnabagagem.com. Se tudo der certo, o projeto também deve se transformar em livro na volta da viagem, programada para durar cerca de dois anos.
Nesta segunda, o casal partirá de Bento rumo ao primeiro destino: Ushuaia, um dos pólos turísticos da Argentina. Depois, Carina e João Paulo subirão até o Norte da América do Sul, para na sequência ingressar no Brasil com outro desafio, o de passar por todas as 27 unidades federativas do país. É claro que o principal questionamento de todo mundo com relação à viagem da dupla de Bento é sobre os gastos. Pensando em concretizar o sonho, os dois alugaram o apartamento em que viviam e venderam itens como livros, louças, roupas, objetos de decoração e etc. Além disso, eles também confeccionaram camisetas para arrecadar recursos para a viagem.
O carango
Carina Furlanetto e João Paulo Mileski pesquisaram bastante sobre o carro mais indicado para usar na viagem. Entretanto, resolveram enfrentar a estrada a bordo de um Renault Sandero 2014, escolha um tanto peculiar para quem ficará cerca de dois anos praticamente morando no veículo. Os gastos com manutenção e combustível acabaram influenciando na decisão de utilizar o carro popular na expedição.
— Temos consciência de que talvez não seja o que se convenciona como ideal para uma viagem dessa proporção, não são poucos os que nos chamam de malucos. Mas já há algum tempo estamos acompanhando viajantes que estão explorando o mundo de bicicleta, fusca e até Fiat 147. Acreditamos que, para aquilo a que nos propomos, o meio de transporte é secundário, o que estamos querendo passa muito mais por aceitar sair de uma zona de conforto e se permitir viver o que há de bom e ruim fora das nossas bolhas. Sabemos que os perrengues serão muitos, mas temos certeza de que isso tudo nos fará crescer como pessoas — justifica Mileski.