A trajetória do canelense Márcio Moura, de 15 anos, é uma prova viva da importância de projetos sociais que facilitam o acesso à arte. Quando tinha apenas 10 anos, ele entrou para a Academia de Arte e Cultura de Canela, projeto voltado à formação de jovens talentos dos palcos através de aulas gratuitas. O garoto chamou atenção como bailarino e conquistou uma vaga no elenco do espetáculo Korvatunturi, onde permanece até hoje.
A conquista mais recente veio por meio da participação na última edição do Bento em Dança. O adolescente venceu a categoria Junior 2 em Técnicas Contemporâneas de Dança. O prêmio é uma bolsa de estudos na tradicional escola Opus Ballet, de Firenze, na Itália. A viagem será no ano que vem.
– Vou para uma espécie de teste, se eles gostarem de mim, existe a possibilidade de ganhar outra bolsa por um tempo prolongado – adianta o bailarino, que representou a escola Neusa Mari Pacheco.
Em Bento, Márcio apresentou a coreografia O Silêncio Ensurdecedor, criação de Luana Serrão, coreógrafa formada pelo Bolshoi e também professora de ballet da Academia de Arte e Cultura, na qual Márcio começou a dançar.
A conquista do jovem bailarino exalta não só a importância de projetos como a Academia de Arte e Cultura – iniciativa criada e mantida pela D’arte Multiarte e Associação Cultural das Hortênsias que atende cerca de 100 crianças e adolescentes atualmente –, como evidencia também o alcance social de iniciativas como o Bento em Dança, que paradoxalmente encerrou atividades em 2017 por falta de apoio.