Carlinhos Santos
Buscando a língua da tribo Saterê Mawe para nominar seu trabalho, o Grupo Corpo de Arte Contemporânea traz a Caxias o espetáculo Yi Ocre. A montagem de dança contemporânea estará dia 14, às 20h, no Teatro do Sesc.
O termo que dá nome à obra significa “terra”, e em sua pronuncia, é som que sai de dentro como ar expulso do pulmão, depois da contração do diafragma. Assim, dançam conceitualmente embates filosóficos sobre sermos química ou matemática, ser do chão ou do éter, qual a deriva que nos cabe?
O trabalho foca a relação do homem e a terra, destacando o contexto amazônico e a camuflagem do humano com o ambiente e habitat natural e/ou transcendental. Assim, a pesquisa coreográfica explora ritualidades, limites das relações e contatos com a natureza.
A cena é predominada pela argila, também colada ao corpo dos bailarinos, e alude aos solos argilosos amazônicos. A classificação etária é de 18 anos. O ingresso será um quilo de alimento não perecível.