Desde muito cedo, quando ainda tinha idade de infantil ou juvenil, Fernando Cachopa era considerado uma joia do vôlei brasileiro. Atuava pela seleção de base em categorias sempre acima da sua idade e com incrível potencial de liderança e qualidade técnica. Lembro de lá por volta de 2011 ouvir falar que um guri com muito potencial surgia na base da UCS e era observado de forma atenta pela seleção.
Ao sair de Caxias do Sul, em 2014, e chegar ao Sada/Cruzeiro, referência do país na modalidade, a evolução só se concretizou ainda mais. Com muitos méritos, Cachopa vai para sua primeira Olimpíada. E realmente deve ser a primeira de muitas.
Méritos a serem divididos com os pais, grandes incentivadores, com Felipe Kreling, o Feijão, irmão mais velho e grande espelho, o técnico da UCS, Giovani Brisotto, e todos os profissionais que lapidaram o levantador de 25 anos em sua trajetória. O guri de potencial enorme virou um jogador de elite.
Em 2019, foi campeão da Copa do Mundo, no Japão, e do Sul-Americano com a seleção principal. Também foi campeão Mundial sub-23, em 2013, campeão sul-americano juvenil, em 2014, e campeão sul-americano infanto, em 2012.
Cachopa chegará em Tóquio como uma referência da posição e que, ao mesmo tempo, ainda tem muito a mostrar. Que venha outro ouro para Caxias do Sul, assim como ocorreu com Éder Carbonera, nos Jogos do Rio.