O que se imaginava antes do início da Série A se comprova dentro de campo. Para tentar fazer frente aos primeiros times do país, o Juventude precisaria de algo a mais.
É natural, pelo investimento feito até aqui e mesmo pelas alternativas de mercado encontradas pela direção. Diante do Palmeiras, o roteiro se repetiu. A equipe de Marquinhos Santos foi organizada, mostrou um padrão de jogo interessante, e segurou o adversário com eficiência no primeiro tempo. Porém, não teve força ofensiva para abrir o placar.
Do outro lado, mesmo sem Luiz Adriano e Rony, os dois principais destaques do ataque palmeirense, sobrou qualidade. E eficiência. O gol contra de William Matheus é daquelas infelicidades que acontecem para alguém ainda sem ritmo e que entrou no jogo quase que sem esperar.
A partir daí, é o que Bruno Henrique, do Flamengo, resumiu como outro patamar. O cruzamento de Scarpa, a cabeçada de Deyverson. Pode-se até questionar a marcação da bola aérea, mas neste caso o mérito é todo de quem conclui a jogada.
O Juventude chegou, da mesma forma, algumas vezes até a linha de fundo, fez Jailson trabalhar em uma cabeçada de Forster, mas precisa fazer muito mais força para chegar às conclusões.
O fato é que o 3 a 0 é dolorido, mas faz parte do atual cenário. O campeonato do Juventude é outro e contra um grupo mais reduzido de rivais. Dois deles estarão pelo caminho nos próximos dias – Sport, domingo, no Jaconi, e América-MG, na outra quinta-feira, em Minas. Aí sim, a cobrança pode ser diferente. Se não é igual para igual, é dentro de uma realidade mais próxima.
A Série A de 2021 mostrou logo de cara que o Ju precisará se superar a cada jogo. Não será diferente domingo, mas o adversário é mais acessível.