O futebol feminino cresce no Brasil. Existe maior interesse da mídia, torneios mais organizados, envolvimento de clubes de grande torcida, da própria CBF e a perspectiva de um trabalho a longo prazo, envolvendo também categorias de base. Porém, para clubes menores, o cenário ainda é complicado.
Se Grêmio e Inter conseguem estabelecer um patamar interessante na elite do futebol nacional, o Brasil de Farroupilha, que pela segunda vez consecutiva disputará a Série A-2 do Brasileirão, sofre para manter o seu projeto. Também por consequência da pandemia, os pequenos apoiadores deixaram o clube. Sendo assim, às vésperas da competição nacional, o time ainda busca aportes financeiros para cobrir os gastos com a disputa da competição.
Obviamente existe um apoio da Confederação Brasileira de Futebol, mas ele não é suficiente para dar todo o suporte necessário para as gurias. Para o Brasil-Fa sonhar com algo a mais, precisa ter esse incremento de receita. É importante sempre citar a seriedade do projeto, que já está consolidado há alguns anos e tem apresentado resultados importantes e uma evolução constante. Porém, para dar o passo adiante, o apoio empresarial precisa se confirmar. É lógico também que o momento de pandemia afeta a todos, mas existem empresas que podem dar esse suporte, até mesmo com abatimento de impostos.
Outra possibilidade, uma parceria com o Juventude, que agora precisa ter um time feminino por estar na Série A, pode ser vista com bons olhos. De qualquer forma, só o nome das duas equipes tradicionais não fará o projeto seguir sozinho. É o momento de tirar o apreço pelo futebol feminino apenas da teoria e colocar, na prática, esse apoio.