É nesta quinta-feira (1º) o lançamento do livro da professora caxiense e, agora também poetisa, Geneviève Faé. A sessão de autógrafos de Ponha-se no seu lugar está marcada para as 18h30min, no Café Cultura no Villagio Caxias. A obra é lançada pela Patuá, editora reconhecida do mercado independente brasileiro.
Geneviève revela, na entrevista a seguir, que os leitores de Rupi Kaur e Amanda Lovelace vão sentir ecos dessas poetisas no seu livro de estreia e que a literatura é um dos potentes vetores de transformação da vida das pessoas.
Qual tua relação com a poesia?
Minha relação com a poesia é de pura necessidade: gosto muito da visão do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, afinal a arte existe para que a realidade não nos destrua. E o texto poético impacta e sequestra o leitor. Foi justamente o que me inspirou a escrever, lendo a indiana Rupi Kaur e a estadounidense Amanda Lovelace. Segui os passos delas, mas com minhas vivências, impressões e invenções. O leitor de ambas vai sentir ecos dessas poetisas nos versos do "Ponha-se no seu lugar". E, enquanto houver poesia, não somos destruídos por nenhuma realidade.
Na tua opinião, quais são as três poetas mais importantes da literatura brasileira?
Cecília Meireles (1901-1964), Hilda Hilst (1930-2004) e Adélia Prado (1935). Todas me "sequestraram" quando eu estava na faculdade de Letras e nunca mais parei de ler. No caso de Adélia, publicou seu primeiro livro de poesia aos 40 anos, o que me deu certa esperança em publicar aos 37: ainda há tempo de povoar a literatura.
Sobre o teu livro, com qual sentimento tu espera que leitores e leitoras cheguem até a última página da tua obra?
Acredito muito no potencial da poesia em incomodar e desacomodar. Gerar reflexão e emoção, identificação e indignação. Espero que leitores e leitoras saiam, de alguma forma, diferentes de quando começaram a leitura, porque a leitura é o que mais me transformou.