Empresários de Nova Petrópolis, Picada Café e Feliz estão mobilizados para manter o Programa Emergencial de Retomada no Setor de Eventos (Perse), do governo federal. O grupo estuda ingressar com uma ação coletiva solicitando uma liminar para que o programa de isenção de impostos para empresas como bares, hotéis e restaurantes seja mantido até 2027, conforme previsto quando foi criado. O Perse foi instituído em 2022 com o objetivo de auxiliar o setor que foi fortemente afetado pelas restrições impostas pela pandemia.
Segundo o controller e tesoureiro da Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis (Acinp), Eloi Wissmann, embora o período crítico da crise sanitária tenha passado, o segmento ainda não se recuperou. Ele destaca que, além dos efeitos da pandemia, a região enfrenta dificuldades decorrentes da queda de barreira na BR-116, em Nova Petrópolis. Com a estrada bloqueada totalmente em diversos períodos e agora no sistema pare e siga, o movimento de turistas diminuiu.
— Nosso maior movimento vem da região dos Vinhedos e caiu violentamente, assim como o faturamento. Restaurantes que serviam 300 refeições por dia, servem agora cem, 150. Além disso, todo mundo de preparou para receber os benefícios até 2027 — diz Wissmann, acrescentando que a isenção de impostos gera uma economia superior a 10% por mês para os negócios.
Nova versão
No início do mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo havia concordado em enviar um projeto de lei, com urgência constitucional, para criar uma nova versão do Perse. Segundo ele, o projeto teria uma versão mais "focada" do programa, em vez de propor a extinção gradual, como ocorreu na medida provisória. O Perse atende hoje 11 mil empresas.
