Desde que o UCSGraphene, planta de produção de grafeno da Universidade de Caxias do Sul (UCS), começou a utilizar o reator de dispersão para transformar o grafeno em soluções líquidas, na metade do ano passado, o mercado ficou de olho na tecnologia inédita. As novas aplicações do material de alta resistência vêm sendo desenvolvidas pela unidade de nanotecnologia da UCS em parceria com a Zextec Consultoria Empresarial.
No final do ano passado, foi firmada uma parceria de seis meses entre uma grande empresa brasileira e o centro de pesquisa para desenvolver projetos conjuntos. Os primeiros testes em lubrificantes na sede da empresa interessada estão começando agora.
As amostras foram enviadas ao parceiro na semana passada e já começaram a rodar os protocolos de testes. Em menos de um mês, a expectativa é que seja possível compilar os dados e ter informações relevantes para saber se a parceria com o UCSGraphene será renovada para a fabricação dos produtos.
De acordo com o diretor da Zextec, Hugo Sousa, empresa que intermedeia a parceira com o mercado, se os testes na indústria comprovarem o que as análises preliminares em Caxias do Sul já mostraram, as perspectivas de negócios são tão animadoras que poderiam demandar investimentos em ampliação da capacidade de produção.
— Sendo pessimista, o negócio já é grande. Sendo otimista, teríamos que ampliar em 10 vezes nossa capacidade de produção — aponta.
Inaugurado em abril de 2020, o UCSGraphene é pioneiro em produção de grafeno em escala industrial com capacidade produtiva de até 5 mil quilos ao ano.