Mesmo com a recuperação gradativa do mercado de trabalho – em maio, Caxias gerou 742 novas vagas –, o fechamento de oportunidades por conta da crise amargada pela economia em mais de três anos forçou mudanças corporativas e de comportamento nos profissionais.
Voltar a conquistar uma colocação hoje não é tarefa simples, já que a retração econômica deixou como herança uma legião de pessoas buscando um emprego. Com isso, verificam-se dois movimentos claros:
1º) Está mais difícil ser selecionado, pois a oferta de mão de obra qualificada aumentou e, com isso, as exigências dos contratantes também.
2º) Com mais gente disponível, é comum profissionais, por necessidade, terem de voltar a assinar a carteira com salários menores.
Como o mercado demorou a reagir, não foram raros os demitidos que, sem conseguir chances, optaram por colocar seus negócios próprios, utilizando recursos da rescisão. Pequenos empreendimentos proliferaram em bairros de Caxias. Muitos abriram e fecharam em pouco tempo. Correram risco e perderam dinheiro.
Para empreender, não adianta só ter uma boa ideia ou investimento inicial. É preciso entender da área de atuação profundamente, ter planejamento, criatividade e persistência. Nem todos sobrevivem, mas vários viram referência.