À medida em que se aproxima o Natal, parece também crescer o número de ambulantes esparramando seus produtos, como óculos escuros, relógios, brinquedos e roupas, pelas calçadas da região central de Caxias. O assunto, não é de hoje, tira o sono dos lojistas estabelecidos, que julgam que essa é uma concorrência desleal justamente na principal data de vendas do ano. Recentemente, uma filial da Colombo situada na Júlio de Castilhos levou seus produtos à calçada como forma de protestar.
O consumidor também tem sua grande parcela de contribuição (e culpa), pois adquire esses itens por causa dos preços mais em conta, sem preocupar-se com o impacto desse comportamento na economia (menos geração de impostos, empregos com carteira assinada e renda).
Os vendedores informais, por vezes, não têm outra opção de renda, e caem no comércio ilegal. Muito trabalhador ficou sem emprego. Imigrantes haitianos e senegaleses chegaram na terra do trabalho e não encontraram uma oportunidade digna e formal. Seria injusto, portanto, colocar essas pessoas como vilãs, quando são vítimas de um sistema e de uma condição econômica precária.
A fiscalização pública não tem estrutura e direcionamento para impor o rigor necessário. Fica difícil agir, quando não se tem um norte de como proceder, multar e tratar os ambulantes. Essa está longe de ser uma equação simples. Pelo contrário. É um dos gargalos que Caxias enfrenta há tempos. Mais uma demanda para o novo prefeito encaminhar.
Entre as opções levantadas pelos consumidores estaria disponibilizar, além do novo “camelódromo”, outro espaço público para a venda desses produtos, liberando o Centro. A acompanhar.
Caixa-Forte
O Natal dos ambulantes em Caxias
Vendedores informais crescem de olho nas vendas para a data de Noel
Silvana Toazza
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