As uvas comuns vão, ano a ano, grão a grão, sendo destinadas mais para sucos do que para vinhos de garrafão na Serra. A qualidade da bebida surpreende e beberica um mercado cada vez mais veloz, causando risco de escassez em anos de quebra de safra em função do clima, como na última. Quem brinda o sucesso de seu recém-lançado suco U-huuva! é a Casa Venturini, que conquistou a maior pontuação entre 15 amostras na Seleção dos Melhores Vinhos 2016 de Flores da Cunha.
A bebida 100% natural, sem adição de água, açúcar ou substâncias, leva apenas um ingrediente: uva. São quase dois quilos da fruta para um litro do produto, que custa de R$ 16 a R$ 18 no varejo da vinícola, em casas especializadas e pela internet. Embora o preço não seja popular, a qualidade habilita a vinícola florense a projetar a venda de 40 mil litros do suco até a próxima safra.
– A crise sempre dificulta, mas acreditamos que, por meio do apelo da saúde e por ser um produto sem álcool, terá um desempenho excelente, especialmente pelo Brasil ser predominantemente tropical – avalia o diretor da Casa Venturini, José Venturini.
O novo nicho ajudará a empresa a alcançar uma performance espetacular em ano de crise: crescimento de 25% em 2016, otimismo “sem exageros” do enólogo. Outro produto está a caminho para efervescer esses números: a cantina apresentará nos próximos dia o vinho seco rosé Le Bateleur, para refrescar o verão.
O lote de três mil garrafas é elaborado com uvas tintas Tannat cultivadas na Campanha Gaúcha. O nicho é promissor, tanto que a Venturini adianta que para a próxima safra pretende dobrar a produção do rosé.
Caixa-Forte
Vinícola de Flores da Cunha projeta crescer 25% no ano
Suco da vinícola conquistou melhor pontuação em concurso e ajudará empresa a alcançar o resultado
Silvana Toazza
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