Vacaria é uma cidade cheia de paradoxos. Guarda em suas paredes e ruas referências de história de um passado não muito distante e já tão imaginado pela ficção de Érico Veríssimo. Uma cidade no meio dos campos de cima de serra, ainda muito rural e rica de símbolos do nosso Estado. O mate, por exemplo, não tem hora para acontecer. Ele se faz presente antes, durante e depois do jantar, dividindo a mesa com o vinho, o churrasco e o arroz. Um multiculturalismo que pode ser visto desde a primeira refeição no local. Talvez o que esteja falando seja muito conhecido por muitas pessoas, mas para mim é novidade. É um absurdo, é verdade, mas somente no último fim de semana é que conheci Vacaria. Já havia lido muito sobre a importância histórica do local para a construção social e econômica do Rio Grande do Sul. Uma história que começa lá em 1600 e pouco com a chegada dos padres jesuítas. Pouco mais de cem anos após a descoberta oficial do Brasil. Passeando pela Praça General Daltro Filho vi pela primeira vez a catedral da Nossa Senhora da Oliveira. Uma visão belíssima do que o tempo, a história e o conhecimento podem fazer pela humanidade. Toda feita em pedra moura, com duas torres e uma cripta é um dos locais mais bonitos que já visitei. Ela começou a ser projetada em 1897 e os primeiros pilares foram erguidos em 1900. Muitas pessoas estiveram envolvidas com sua construção.
Opinião
Adriana Antunes: Vacaria
Esse passeio rápido me fez pensar sobre o quanto não conhecemos a nossa própria história
Adriana Antunes
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