Entre sorrisos e abraços, funcionários, pais e alunos da Escola Lucille Fragoso Albuquerque, de Passo Fundo, cumprimentavam uns aos outros na manhã desta quarta-feira (31). A alegria tinha motivo: as aulas voltaram a acontecer na instituição após quatro anos.
Em 2019 uma vistoria do Corpo de Bombeiros identificou problemas na rede elétrica. Empecilhos que exigiram a interdição do prédio, e, por consequência, interromperam a realização das aulas no local. Desta forma, os 370 alunos precisaram ser remanejados para Escola João de Césaro, ainda no bairro Vera Cruz, mas a cerca de dois quilômetros de distância.
Essa mudança de trajeto causava problemas às famílias que precisavam fazer o deslocamento. Por isso, um dos pontos celebrados pelo Wagner Sapka, na manhã desta quarta-feira com a volta das aulas na escola Lucille foi a proximidade de sua casa com a instituição. Ele fica mais tranquilo sabendo que a filha Yasmin, de sete anos, está perto.
— Com certeza agora fica mais fácil o acesso. A gente tem mais controle com isso. As crianças estão até mais felizes com a escola mais próxima — conta.
Para a diretora, Sônia Adriana de Matos, os quatro anos foram difíceis em meio às reformas, ausência de estudantes e mudança de rotina para as famílias da região. O momento da volta era bastante aguardado por ela e todo corpo de funcionários que viam a reforma da rede elétrica avançando. E, em fevereiro deste ano, um novo fato que atrasou o retorno e exigiu mais uma obra.
— Depois de quatro anos retornamos à nossa comunidade. É muito gratificante, temos muito a agradecer. Só quem passou o que passamos sabe dar valor a este retorno.
Com o retorno, a diretora aponta que mais alunos podem começar a frequentar a escola, uma vez que jovens moradores do bairro têm esta opção de uma instituição mais próxima.
Obras
A conclusão dos trabalhos que permitiram a volta das aulas aconteceu até a última terça-feira (30). Nos dois primeiros dias da semana funcionários posicionaram os móveis e outros itens nas salas de aula para esperar a volta das crianças e adolescentes.
Apesar de as aulas voltarem a acontecer na escola, as obras ainda não foram totalmente concluídas. Segundo a coordenadora da 7ª Coordenadoria Regional de Educação, Carine Imperator Weber, algumas melhorias ainda precisam ser feitas.
— Ainda existem algumas melhorias a serem feitas como pintura de alguns espaços, alguns mobiliários vão ser trocados, mas a intenção, a prioridade era trazer os estudantes de volta à escola e ir fazendo estes ajustes que se fizerem necessários.
Histórico
Depois deste episódio, o local passou por outra reforma, neste ano, desta vez nos espaços, em razão de que vândalos depredaram o prédio em locais como sala de aulas, banheiros e corredores no período de pouco mais de três anos que ficou interditado.
A escola foi interditada pelo Corpo de Bombeiros em maio de 2019 por problemas na rede elétrica. Neste ano, em fevereiro, ela teve processo de desinterdição confirmado após reforma na rede elétrica do espaço.