Entre figurinos coloridos, bandeiras esvoaçantes e muita música, os 17 grupos confirmados no 16° Festival Internacional de Folclore estrearam no palco do CTG Lalau Miranda, em Passo Fundo, no norte gaúcho. A abertura das atividades aconteceu na noite de sexta-feira (9).
As cadeiras e arquibancadas lotadas pelo público demonstram a paixão pelo espetáculo, que é considerado o maior evento cultural do município. O evento reuniu companhias da Argentina, Ceará, Chile, Colômbia, Itália, Macedônia, México, Pará, Paraguai, Paraíba, Polônia, República Tcheca, Ucrânia e Alemanha, que desembarcaram na cidade nos últimos dias.
Com 36 anos de existência, o grupo de cultura paraibano Os Cariris participa pela primeira vez do Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo. Segundo a coordenadora e bailarina, Claudete Vieira, a vontade de estar no evento sempre foi grande, mas nunca surgiu a oportunidade antes.
— A expectativa está muito grande para esse festival. É a nossa primeira vez no Rio Grande do Sul. Sempre ouvimos falar muito bem do evento e da organização. Estamos muito felizes de estar aqui representando a nossa Paraíba — afirma Claudete.
Para a abertura do evento, o grupo apresentou um pot-pourri de danças nordestinas, como o xaxado, baião e xote. Com 23 integrantes, Os Cariris já rodaram o país e o mundo.
— Já representamos o Brasil na França por duas vezes. Também já fomos para a Itália e Suíça, além de diversos festivais nacionais no Paraná, Minas Gerais, Piauí, entre outros estados do nosso país — conta o bailarino Sidney da Silva Souza.
Ao todo, cerca de 400 artistas participam do evento em espetáculos, desfiles, missa folclórica e oficinas onde ensinam suas músicas e danças para a comunidade.
Entre os grupos que tem Passo Fundo como destino entre 9 e 17 de agosto, estão os artistas colombianos da Cundinamarca — Fundación Artística y Cultural Calandaima. O diretor e coreógrafo Alexander Mendoza Ruiz conta que o grupo já passou por festivais em outros municípios do Estado, como Espumoso, Nova Prata, Tapera e Sarandi.
— Como colombianos, nós sabemos da grandeza cultural do Brasil e da sua capacidade de gestão e organização frente a eventos de nível internacional. Sem dúvidas, o 16º Festival Internacional de Folclore já superou as nossas expectativas, principalmente nesses pontos que falei. Nosso grupo está muito feliz por terem nos recebido tão bem — afirma Ruiz.
Memória afetiva
Há mais de 30 anos o Festival Internacional de Folclore faz parte da história e cultura de Passo Fundo. Com a neta no colo, a passo-fundense Rosane Rodrigues Gomes relembra das edições anteriores do festival que já assistiu. Ela conta que o evento se tornou uma lembrança especial para a família.
— Hoje estou aqui com a minha neta, mas sempre tive o costume de assistir aos shows do festival quando tinha no município. Eu trazia minha filha, que hoje tem 30 anos, e isso acabou se tornando uma memória afetiva para ela — afirma.
Enquanto a família da Rosane adiciona mais um festival para a lista, o engenheiro civil Antônio Carlos Wust assiste ao espetáculo pela primeira vez. Ele conta que decidiu conhecer o evento através do convite de amigos e que ficou encantado com tanta cultura.
— O festival é excelente para atrair o público. Tem uma apresentação cultural muito diversa e é enriquecedor para quem acompanha todas as tradições desses povos — recomenda.
A programação segue neste sábado com atividades culturais gratuitas nos bairros e desfile temático na Rua Morom. Confira a programação completa neste link.